Economia

Vendas online da China podem render US$260 bi

Segundo pesquisa, consumidores online podem ampliar a contribuição do varejo à economia até o fim da década, acelerando os esforços para reequilibrar crescimento


	Logo da empresa Alibaba: maior grupo de comércio online da China disse que 30% das vendas do varejo chinês devem ser online dentro de cinco anos
 (Carlos Barria/Reuters)

Logo da empresa Alibaba: maior grupo de comércio online da China disse que 30% das vendas do varejo chinês devem ser online dentro de cinco anos (Carlos Barria/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 12h11.

Pequim - Os consumidores online da China podem ampliar a contribuição do varejo à economia em até 260 bilhões de dólares, até o fim da década, acelerando os esforços para reequilibrar o modelo de crescimento do país, de acordo com uma pesquisa.

Um estudo de gastos no varejo em 266 cidades chinesas conduzido pelo McKinsey Global Institute (MGI) constatou que as compras online criavam até 60 por cento mais consumo nas áreas urbanas menos desenvolvidas do país e até 40 por cento a mais nas principais regiões urbanas.

Em um país onde os gastos online já rivalizam com os registrados nos Estados Unidos, em torno dos 120 bilhões de dólares anuais, e onde podem atingir até 650 bilhões de dólares ao ano até 2020, se mantido o atual ritmo de crescimento, isso representaria um avanço líquido de 260 bilhões de dólares na atividade de varejo.

"São gastos que de outra forma não existiriam", disse Richard Dobbs, um dos coautores do relatório e diretor do MGI, a divisão de pesquisa da McKinsey & Company.

As vendas totais do varejo chinês chegaram a 20,7 trilhões de iuans (3,3 trilhões de dólares) em 2012, de acordo com dados oficiais do governo, e o consumo domiciliar equivaleu a 34 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Banco Mundial.

Na quarta-feira, Jack Ma, presidente do conselho do Alibaba Group, o maior grupo de comércio online da China, disse em conferência em Hong Kong que 30 por cento das vendas do varejo chinês devem ser online dentro de cinco anos.

Pequim quer elevar a participação do consumo na economia, como esforço básico para reduzir uma das maiores disparidades mundiais entre as rendas dos ricos e pobres e atenuar a insatisfação dos chineses que sentem não terem sido beneficiados pela fervilhante expansão da economia do país nas três últimas décadas.

No entanto, a contribuição do consumo para o crescimento caiu pelo terceiro trimestre consecutivo, no quarto trimestre de 2012.

Cerca de 13 por cento da população chinesa ainda vive com renda inferior a 1,25 dólar por dia, de acordo com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas.

Nas áreas urbanas, a renda disponível é de 21,81 mil iuans (3,5 mil dólares) ao ano.

Calculando pelo valor em dólares, a China tem 7,7 milhões de milionários e 251 bilionários, segundo o Hurun Report, que compila uma lista anual sobre os chineses mais ricos.

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