Economia

Vendas do varejo devem cair 3,6%, diz ACSP

Segundo Alencar Butti, presidente da entidade, 2017 é um ano de transição e o ano de retomada do setor varejista será 2018

Varejo: apesar da previsão de queda, a estimativa indica uma recuperação de três pontos percentuais em um ano (didesign021/Thinkstock)

Varejo: apesar da previsão de queda, a estimativa indica uma recuperação de três pontos percentuais em um ano (didesign021/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de março de 2017 às 17h06.

O volume de vendas do varejo nacional deve cair 3,6% de setembro de 2016 a setembro de 2017, de acordo com estimativas do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Apesar da previsão de queda, a estimativa indica uma recuperação de três pontos percentuais em um ano.

No período anterior (setembro de 2015 a setembro de 2016), o volume de vendas do comércio varejista brasileiro recuou 6,6%.

"A perspectiva é de uma recuperação lenta do varejo nos próximos meses, mas ainda no campo negativo. O aumento do desemprego, a queda na renda do trabalhador e a escassez de crédito dificultam uma retomada mais rápida", disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.

Segundo Burti, o ano de retomada do setor varejista será 2018, quando taxas expressivas de crescimento devem voltar a ser registradas.

"O ano de 2017 é de transição: estamos superando os efeitos da crise. No ano que vem, tudo sinaliza para tempos melhores."

Para o professor da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV/EPGE) Antonio Porto, a variação do volume de vendas do varejo será mais positiva que a expectativa da ACSP porque, segundo ele, a economia está se recuperando, com melhorias visíveis para o mercado interno.

"O consumidor está com mais segurança, o empresário está com mais segurança. Há queda de juros, perspectiva de recuperação de emprego, porque já se começou a gerar um pouco de emprego. Não chega a crescer muito porque a queda no ano anterior foi tão grande que zerou até setembro. Não vejo queda continuada, vejo recuperação."

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraVarejoVendas

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos