Economia

Vendas do comércio crescem 0,64% em outubro, diz IBGE

Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE revelam que, em outubro, o volume de vendas do comércio varejista do país cresceu 0,64% na comparação com outubro de 2001. No entanto, os resultados acumulados no ano (janeiro-outubro) e nos últimos 12 meses mantiveram-se negativos, com taxas de variação de -0,15% e -0,64%, respectivamente. Já […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h15.

Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE revelam que, em outubro, o volume de vendas do comércio varejista do país cresceu 0,64% na comparação com outubro de 2001. No entanto, os resultados acumulados no ano (janeiro-outubro) e nos últimos 12 meses mantiveram-se negativos, com taxas de variação de -0,15% e -0,64%, respectivamente.

Já a receita nominal de vendas cresceu em todos os indicadores: 9,49% na comparação com outubro de 2001; 6,43% no acumulado do ano e 5,95% nos últimos 12 meses.

Em outubro, os Estados que mais contribuíram para o aumento mensal do volume de vendas do varejo brasileiro foram Minas Gerais, com 3,31% de variação sobre outubro/01; Paraná (5,16%); Pernambuco (3,14%); e Goiás (4,56%). Por sua vez, os principais impactos negativos em outubro foram do Rio Grande do Sul (-4,73%) e de São Paulo (-0,48%).

Das cinco atividades que compõem o indicador geral do comércio varejista, duas registraram resultados positivos em relação a outubro do ano passado: Combustíveis e lubrificantes (9,06%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,55%). Os demais segmentos tiveram variações negativas no volume de vendas: -1,18% em Demais artigos de uso pessoal e doméstico ; -0,50% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ; e -0,08% em Móveis e eletrodomésticos .

Embora ainda apresente resultados negativos, houve significativa melhora na atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo , cujo volume de vendas evoluiu de -5,99% em setembro para -0,50% em outubro. Esse resultado contribuiu para o desempenho positivo da taxa global em outubro e estabilizou o ritmo de queda da atividade no acumulado do ano, com taxa de -1,01% para os dez primeiros meses de 2002 em relação ao mesmo período de 2001. O indicador acumulado dos últimos 12 meses continuou caindo, com taxa de -1,11%.

O ramo específico de Hipermercados e supermercados vem obtendo desempenho um pouco superior ao do conjunto da atividade. Em outubro, aumentou em 0,17% o volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os indicadores acumulados no ano (-0,35% de variação) e nos últimos 12 meses (-0,43%) também tiveram taxas negativas menores. Esta melhora do ramo supermercadista se deve aos descontos conseguidos junto aos fornecedores e que foram repassados aos consumidores por meio de promoções.

A principal contribuição positiva na formação da taxa global foi da atividade de Combustíveis e Lubrificantes, com aumento no volume de vendas de 9,06% na comparação com outubro de 2001. Destacam-se também suas taxas acumuladas de desempenho, de 5,85% para os dez primeiros meses de 2002, sobre igual período do ano anterior, e de 5,03% para os últimos 12 meses. A estabilização dos preços dos combustíveis ao longo do ano (0,57% de variação até outubro, segundo o IPCA) ajudou no aumento do consumo do produto e, conseqüentemente, melhorou a performance da atividade.

O segundo resultado positivo de outubro foi de Tecidos, vestuário e calçados. No entanto, a taxa de variação (0,55%) pouco influenciou no resultado da taxa global do setor varejista nacional. Mesmo com as taxas mensais positivas registradas nos últimos quatro meses, a atividade apresenta quedas no volume de vendas no acumulado janeiro-outubro (-1,49%) e no acumulado dos últimos 12 meses (-0,85%). Esse resultado é conseqüência da queda de 4,07% nos primeiros seis meses do ano.

Em outubro, a atividade de Móveis e eletrodomésticos apresentou estabilidade no seu volume de vendas: variou -0,08% em relação a outubro de 2001. As significativas taxas de crescimento verificadas no segundo trimestre ainda são responsáveis pelo resultado positivo do indicador acumulado do ano, cuja variação foi de 0,80% em relação ao mesmo período de 2001. Com acentuada tendência de queda a partir do segundo semestre do ano, o indicador acumulado dos últimos 12 meses apresentou taxa de variação de -0,57% em outubro.

Na comparação com outubro de 2001, o segmento Demais artigos de uso pessoal e doméstico reduziu o volume de vendas em 1,18%, anulando praticamente o aumento de 1,25% do mês de setembro. Com isto, os indicadores acumulados que vinham apresentando movimento de desaceleração de queda se estabilizam, com variações de -1,41% para o acumulado do ano e -2,49% no acumulado dos últimos 12 meses.

Veículos e motos, partes e peças, com queda de 9,92% em outubro no volume de vendas, foi outro segmento que não manteve o resultado positivo do mês anterior. Os resultados dos acumulados de janeiro a outubro e dos últimos 12 meses também foram negativos: -17,80% e -17,83%, respectivamente. Embora elevadas, as taxas revelam um movimento de desaceleração da queda.

Novamente, os dois Estados de maior participação relativa do varejo nacional apresentam, em termos de volume de vendas, resultados mensais antagônicos: em São Paulo houve queda de 0,48% e no Rio de Janeiro, crescimento de 0,53%. Esses resultados aumentam a diferença das taxas acumuladas de janeiro à outubro nas duas Unidades da Federação: -0,83% em São Paulo e 0,94% no Rio de Janeiro.

Os responsáveis pela queda no volume acumulado de vendas em São Paulo foram Tecidos, vestuário e calçados, com taxa de variação de -0,97%, e Demais artigos de uso pessoal e doméstico, que variou -4,87%.

No Rio de Janeiro, o desempenho positivo de Combustíveis e lubrificantes (12,24%) e de Demais artigos de uso pessoal e doméstico (9,27%) impulsionou o crescimento do volume de vendas do varejo nos dez primeiros meses do ano. As variações negativas vieram de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,21%), Tecidos, vestuário e calçados (-2,09%) e Móveis e eletrodomésticos (-1,96%).

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