Siderúrgica: companhias como Usiminas, CSN e Gerdau afirmaram recentemente que pretendem ampliar exportações de aço diante da fraqueza do mercado interno (Timothy Fadek/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2015 às 14h57.
São Paulo - A venda de aço no mercado interno brasileiro acumulou queda de cerca de 12 por cento no primeiro bimestre ante mesmo período de 2014, mas as exportações tiveram forte avanço tanto em volume quanto em valores, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela associação que representa o setor, IABr.
As vendas de aço no Brasil nos dois primeiros meses do ano somam 3,12 milhões de toneladas, com quedas de dois dígitos em laminados planos e longos e também em semi-acabados.
Em fevereiro apenas, as vendas somaram 1,5 milhão de toneladas, queda de 16 por cento sobre o volume comercializado no país um ano antes, afetadas em parte por efeito calendário, já que o feriado do Carnaval em 2014 incidiu sobre março, mas também pela estagnação dos setores industrial e de construção.
Mas o cenário cambial mais favorável, após a forte queda do real contra o dólar, fez as exportações do setor subirem cerca de 23 por cento no primeiro bimestre sobre mesmo período de 2014, a 1,76 milhão de toneladas.
Em valores, a alta foi de 6,1 por cento, a 1,1 bilhão de dólares. Somente no mês passado, as vendas externas de aço brasileiro tiveram alta anual de 9,7 por cento, a 688 mil toneladas.
Companhias como Usiminas, CSN e Gerdau afirmaram recentemente que pretendem ampliar exportações de aço diante da fraqueza do mercado interno.
Com o aumento das vendas externas, a produção de aço bruto no Brasil subiu 5,1 por cento nos dois primeiros meses do ano sobre um ano antes, a 5,65 milhões de toneladas.
Já em fevereiro apenas houve aumento de 2,3 por cento no volume de aço bruto produzido, a 2,68 milhões de toneladas, puxado por expansão de 11,4 por cento na produção de laminados planos.