Economia

Vencedor de Belo Monte terá financiamento do BNDES

Aproximadamente 50% a 55% do financiamento virá do BNDES


	Imagens das obras de Belo Monte: o projeto é estimado em aproximadamente R$ 4,5 bilhões
 (© Marizilda Cruppe / Greenpeace)

Imagens das obras de Belo Monte: o projeto é estimado em aproximadamente R$ 4,5 bilhões (© Marizilda Cruppe / Greenpeace)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 10h48.

São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será a principal fonte de recursos do financiamento do projeto do chamado linhão de Belo Monte, estimado em aproximadamente R$ 4,5 bilhões.

De acordo com José Carvalho, representante da Eletrobras e do consórcio IE Belo Monte, vencedor do leilão desta sexta-feira, 7, aproximadamente 50% a 55% do financiamento virá do BNDES.

A chinesa State Grid, líder do consórcio com 51% de participação, deverá injetar aproximadamente 10% do valor. O restante dos recursos deve ser captado junto ao FI-FGTS e via emissão de debêntures.

O projeto, composto por uma linha de 2,1 mil quilômetros de extensão que escoará a energia produzida pela usina Belo Monte para a região Sudeste e cortará os Estados do Pará, Tocantins, de Goiás e Minas Gerais, foi dividido pelo consórcio vencedor em oito lotes, por isso diversas construtoras participarão do empreendimento. Carvalho não revelou o nome dessas empresas.

A Siemens será responsável pelo fornecimento dos conversores, em um acordo avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões. O valor total do projeto, cogitado entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões, deve ficar mais próximos dos R$ 4,5 bilhões, segundo Carvalho.

O valor do investimento será proporcional à participação de cada empresa no consórcio. Além da State Grid, compõem o grupo vencedor as brasileiras Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%), controladas pela Eletrobras.

Carvalho destacou que o projeto prevê a utilização dos equipamentos disponíveis no Brasil. Quando não houver disponibilidade local, o consórcio ainda tentará de garantir um porcentual mínimo de 60% de conteúdo local em sistemas que necessitem de partes importadas.

Além disso, é previsto que testes de equipamentos possam ser realizados em um laboratório instalado no Brasil. As decisões do consórcio devem ser tomadas por consenso entre os grupos.

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