Vários membros do Fed emitem mensagens conflitantes
Visões conflitantes dos elaboradores da política monetária provocaram ainda mais dúvidas
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2015 às 21h21.
Uma série de aparições públicas de autoridades do Federal Reserve previstas para esta semana tiveram início nesta segunda-feira, mas as visões conflitantes dos elaboradores da política monetária provocaram ainda mais dúvidas sobre a habilidade do banco central dos EUA em administrar as mensagens que emite em meio a uma conjuntura crítica.
William Dudley, presidente do Fed de Nova Iorque, e John Williams, presidente do Fed de São Francisco, sinalizaram um provável aumento da taxa de juros norte-americana este ano, citando para isso as expectativas de que a taxa de inflação dos EUA se eleve em direção à meta do Fed de 2 por cento.
Mas Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, assumiu uma postura bem mais conservadora, expressando a vontade de que as taxas de juros permaneçam mais próximas de zero até meados de 2016.
Os 17 responsáveis pela política monetária do Fed têm 16 discursos ou aparições públicas marcados para esta semana, menos de duas semanas após o banco central ter decidido postergar o que seria a primeira elevação do juro norte-americano em quase uma década.
Com os mercados financeiros cada vez mais acreditando que os juros norte-americanos não vão subir antes do próximo ano, a chair do Fed, Janet Yellen, tentou colocar ordem na casa ao afirmar na semana passada que o banco central dos EUA continuava propenso a agir antes do final do ano.
Mas as mensagem conflitantes de Dudley, Williams e Evans fizeram pouco para clarear a situação. Os mercados de ações dos EUA caíram fortemente nesta segunda-feira, com investidores reclamando que o posicionamento do Fed de basear suas políticas em dados da economia não está fornecendo claridade suficiente aos mercados financeiros.
"Muitos investidores acham que o Fed está confuso", disse Monahan Amana, diretor-gerente da Viga Capital Management LLC. "Eles estão se colocando em uma sinuca ao dizer que esperam aumentar as taxas de agora até o fim do ano, enquando a economia a cada dia está provando o contrário."
Evans reconheceu a frustração dos mercados e apontou como razões para isso as avaliações surpreendentemente baixas para a inflação e a estrutura descentralizada do Fed – na qual cada membro do comitê monetário faz sua própria análise. Ele não vê a inflação alcançando a meta de 2 por cento antes de 2018.
“Infelizmente, isso ainda deixa muito espaço para adivinhações... porque o ambiente da inflação encontra-se neste momento fraco”, disse ele a jornalistas em Milwaukee, no Estado norte-americano de Wisconsin, após discurso em uma universidade.
Yellen e o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, estão entre os membros do Fed que devem falar publicamente nesta semana, incluindo em conferências patrocinadas pelo Fed em St. Louis e Boston.
Uma série de aparições públicas de autoridades do Federal Reserve previstas para esta semana tiveram início nesta segunda-feira, mas as visões conflitantes dos elaboradores da política monetária provocaram ainda mais dúvidas sobre a habilidade do banco central dos EUA em administrar as mensagens que emite em meio a uma conjuntura crítica.
William Dudley, presidente do Fed de Nova Iorque, e John Williams, presidente do Fed de São Francisco, sinalizaram um provável aumento da taxa de juros norte-americana este ano, citando para isso as expectativas de que a taxa de inflação dos EUA se eleve em direção à meta do Fed de 2 por cento.
Mas Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, assumiu uma postura bem mais conservadora, expressando a vontade de que as taxas de juros permaneçam mais próximas de zero até meados de 2016.
Os 17 responsáveis pela política monetária do Fed têm 16 discursos ou aparições públicas marcados para esta semana, menos de duas semanas após o banco central ter decidido postergar o que seria a primeira elevação do juro norte-americano em quase uma década.
Com os mercados financeiros cada vez mais acreditando que os juros norte-americanos não vão subir antes do próximo ano, a chair do Fed, Janet Yellen, tentou colocar ordem na casa ao afirmar na semana passada que o banco central dos EUA continuava propenso a agir antes do final do ano.
Mas as mensagem conflitantes de Dudley, Williams e Evans fizeram pouco para clarear a situação. Os mercados de ações dos EUA caíram fortemente nesta segunda-feira, com investidores reclamando que o posicionamento do Fed de basear suas políticas em dados da economia não está fornecendo claridade suficiente aos mercados financeiros.
"Muitos investidores acham que o Fed está confuso", disse Monahan Amana, diretor-gerente da Viga Capital Management LLC. "Eles estão se colocando em uma sinuca ao dizer que esperam aumentar as taxas de agora até o fim do ano, enquando a economia a cada dia está provando o contrário."
Evans reconheceu a frustração dos mercados e apontou como razões para isso as avaliações surpreendentemente baixas para a inflação e a estrutura descentralizada do Fed – na qual cada membro do comitê monetário faz sua própria análise. Ele não vê a inflação alcançando a meta de 2 por cento antes de 2018.
“Infelizmente, isso ainda deixa muito espaço para adivinhações... porque o ambiente da inflação encontra-se neste momento fraco”, disse ele a jornalistas em Milwaukee, no Estado norte-americano de Wisconsin, após discurso em uma universidade.
Yellen e o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, estão entre os membros do Fed que devem falar publicamente nesta semana, incluindo em conferências patrocinadas pelo Fed em St. Louis e Boston.