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Uruguai destaca debate comercial com Brasil

Governo uruguaio prevê uma queda das vendas à Argentina pelos obstáculos tarifários do país vizinho

'As reuniões serviram para analisar algumas possíveis soluções de médio prazo, que as autoridades continuarão explorando em próximos encontros', diz a nota (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2012 às 21h14.

Montevidéu - O governo do Uruguai destacou nesta quinta-feira a atitude das autoridades brasileiras para suspender as barreiras aos produtos uruguaios dos setores têxtil e automotivo e anunciou que prevê uma queda das vendas à Argentina pelos obstáculos tarifários do país vizinho.

Após realizar nesta semana uma visita ao Brasil à frente de uma delegação uruguaia, o diretor de Indústria, Sebastián Torres, 'destacou o interesse do governo brasileiro para colaborar com o crescimento no volume da troca comercial entre ambas nações', segundo um comunicado da presidência uruguaia.

'As reuniões serviram para analisar algumas possíveis soluções de médio prazo, que as autoridades continuarão explorando em próximos encontros', acrescenta a nota.

Sobre os problemas no setor têxtil uruguaio, Torres revelou que o Brasil 'está disposto a receber uma proposta uruguaia para restabelecer o fluxo comercial'.

Em relação ao setor automotivo, que no ano passado motivou uma disputa bilateral, o diretor de Indústria elogiou um acordo de comércio compensatório assinado então para as empresas que se instalam no Uruguai e começam a exportar ao Brasil, após as queixas uruguaias.


Em setembro passado, o governo brasileiro decretou uma alta de impostos de 30% aos veículos importados de fora do Mercosul e aos procedentes dos outros países do Mercosul que não utilizem um mínimo de 65% de peças produzidas no bloco, entre outras condições.

A decisão brasileira gerou inquietação no setor automotivo uruguaio, que a cada ano exporta ao Brasil 15 mil veículos por um valor global de US$ 150 milhões e dá emprego direto a mil pessoas.

Por sua parte, o ministro da Indústria uruguaio, Roberto Kreimerman, destacou o Brasil entre os países da região com os quais o Uruguai tem acordos e lamentou os problemas com a Argentina, que aos impedimentos tarifários aplicados nos últimos meses a vários produtos somará em abril as barreiras aos serviços.

'No Brasil o que existe são temas pontuais e há disposição para discuti-los', afirmou o ministro em entrevista ao jornal uruguaio 'El País'.

'Está claro que vai a ser difícil manter o fluxo de comércio com a Argentina ainda quando há a melhor disposição de ambos países', concluiu.

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Montevidéu - O governo do Uruguai destacou nesta quinta-feira a atitude das autoridades brasileiras para suspender as barreiras aos produtos uruguaios dos setores têxtil e automotivo e anunciou que prevê uma queda das vendas à Argentina pelos obstáculos tarifários do país vizinho.

Após realizar nesta semana uma visita ao Brasil à frente de uma delegação uruguaia, o diretor de Indústria, Sebastián Torres, 'destacou o interesse do governo brasileiro para colaborar com o crescimento no volume da troca comercial entre ambas nações', segundo um comunicado da presidência uruguaia.

'As reuniões serviram para analisar algumas possíveis soluções de médio prazo, que as autoridades continuarão explorando em próximos encontros', acrescenta a nota.

Sobre os problemas no setor têxtil uruguaio, Torres revelou que o Brasil 'está disposto a receber uma proposta uruguaia para restabelecer o fluxo comercial'.

Em relação ao setor automotivo, que no ano passado motivou uma disputa bilateral, o diretor de Indústria elogiou um acordo de comércio compensatório assinado então para as empresas que se instalam no Uruguai e começam a exportar ao Brasil, após as queixas uruguaias.


Em setembro passado, o governo brasileiro decretou uma alta de impostos de 30% aos veículos importados de fora do Mercosul e aos procedentes dos outros países do Mercosul que não utilizem um mínimo de 65% de peças produzidas no bloco, entre outras condições.

A decisão brasileira gerou inquietação no setor automotivo uruguaio, que a cada ano exporta ao Brasil 15 mil veículos por um valor global de US$ 150 milhões e dá emprego direto a mil pessoas.

Por sua parte, o ministro da Indústria uruguaio, Roberto Kreimerman, destacou o Brasil entre os países da região com os quais o Uruguai tem acordos e lamentou os problemas com a Argentina, que aos impedimentos tarifários aplicados nos últimos meses a vários produtos somará em abril as barreiras aos serviços.

'No Brasil o que existe são temas pontuais e há disposição para discuti-los', afirmou o ministro em entrevista ao jornal uruguaio 'El País'.

'Está claro que vai a ser difícil manter o fluxo de comércio com a Argentina ainda quando há a melhor disposição de ambos países', concluiu.

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