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Ucrânia poderá usar ajuda para pagar gás russo, diz comissão

Comissão Europeia disse que a Ucrânia poderá utilizar a assistência financeira europeia para pagar a fatura que a Gazprom exige pelo fornecimento de gás

Extração de gás na Ucrânia: Gazprom exige pagamento de US$ 1,66 bilhão (Vincent Mundy/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 14h45.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) disse nesta terça-feira que a Ucrânia poderá utilizar a assistência financeira europeia, que será assinada hoje em Bruxelas, para pagar a fatura de US$ 1,66 bilhão que a Gazprom exige antecipadamente pelo fornecimento de gás em junho.

"É um respaldo ao orçamento ucraniano para ajudar o país a cumprir suas necessidades de financiamento, o que evidentemente inclui as necessidades de pagamento no setor da energia", disse o porta-voz de Assuntos Econômicos e Monetários, Simon O"Connor.

A UE e Ucrânia realizam hoje um encontro em Bruxelas, que contará com a presença do primeiro-ministro interino ucraniano, Arseni Yatseniuk, para discutir a assistência política e econômica em curto e longo prazo que Kiev precisa para estabilizar sua situação política e econômica.

Na reunião, que começou com um encontro bilateral entre Yatseniuk e o presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, e continuará com outro entre o executivo ucraniano e o colégio de comissários europeus, está prevista a assinatura de várias medidas de apoio financeiro.

Em primeiro lugar será firmado o pacote de ajuda financeira para a Ucrânia no valor de 11 bilhões de euros nos dois próximos anos, que inclui entre outras medidas a supressão unilateral das tarifas às importações vindas da Ucrânia.

Também se assinará um memorando de entendimento sobre a assistência macrofinanceira à Ucrânia no valor de um bilhão de euros na forma de empréstimos de médio prazo, incluída nessa ajuda geral.

Esta medida, orientada a ajudar a Ucrânia a sair da profunda crise econômica e financeira, já foi respaldada pelos Estados-membros e Bruxelas em abril, e será ratificada amanhã.

A reunião acontece em meio as ameaças da Rússia de deixar a Ucrânia sem gás a partir de 3 de junho se o país não pagar antecipadamente a provisão correspondente ao próximo mês, um corte do fluxo que pode afetar a UE, que importa da Rússia 30% do gás que consome, e a maior parte desse gás transita por território ucraniano.

O Executivo comunitário, que teve ontem um encontro técnico com representantes da Ucrânia e da Rússia, acredita que pode encontrar uma solução em maio que impeça que Moscou tome medidas drásticas em junho.

Bruxelas negou hoje que exista uma data para um novo encontro trilateral, depois do realizado em 2 de maio em Varsóvia, mas garantiu que os contatos com Kiev e Moscou avançam positivamente.

"Trabalhamos intensamente para encontrar uma solução antes do fim de maio", disse a porta-voz comunitária de Energia, Sabine Berger, que acrescentou que o encontro desta segunda-feira foi "construtivo" e permitiu "aplanar o caminho para um segundo encontro político", ainda sem data definida.

São Paulo – Em dez anos, as reservas brasileiras provadas de gás natural, combustível que reponde por 9% da matriz energética nacional, registraram crescimento de 150%, atingindo 0,5 trilhões de metros cúbicos (m³). Um desempenho bem superior ao crescimento médio das reservas recuperáveis globais, de 23% entre 2001 e 2011. No entanto, no ranking geral de reservas provadas de gás natural, o Brasil ocupa o 31º lugar, conforme relatório estatístico anual da energia mundial, preparado pela companhia de gás e petróleo BP. O estudo mostra que as reservas mundiais provadas do combustível cresceram 23% na última década, atingindo um total de 208,4 trilhões de metros cúbicos em 2011, energia suficiente para garantir a produção por pelo menos 60 anos. Conheça a seguir, as 10 maiores reservas nacionais de gás natural.
  • 2. 1 - Rússia

    2 /12(Getty Images)

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    Participação mundial: 21,4% Reservas provadas em 2011: 44,6 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 42,4 trilhões de Crescimento em 10 anos: 5,2%
  • 3. 2 - Irã

    3 /12(Getty Images)

  • Participação mundial: 15,9% Reservas provadas em 2011: 33,1 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 26,1 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 26,8%
  • 4. 3 - Catar

    4 /12(Getty Images)

    Participação mundial: 12% Reservas provadas em 2011: 25 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 25,8 trilhões de m³ Queda em 10 anos: 3,1%
  • 5. 4 - Turquemenistão

    5 /12(Wikimedia Commons)

    Participação mundial: 11,7% Reservas provadas em 2011: 24,3 trilhões de m³ Reservadas provadas em 2001: 2,6 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 834%
  • 6. 5 - Estados Unidos

    6 /12(Getty Images)

    Participação mundial: 4,1% Reservas provadas em 2011: 8,5 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 5,2 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 63,5%
  • 7. 6 - Arábia Saudita

    7 /12(Wikimedia Commons)

    Participação mundial: 3,9% Reservas provadas em 2011: 8,2 trilhões de m³ Reservas provadas em 1991: 6,5 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 26,2%
  • 8. 7 - Emirados Árabes

    8 /12(Getty Images)

    Participação mundial: 2,9% Reservas provadas em 2011: 6,1 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 6,1 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 0%
  • 9. 8 - Venezuela

    9 /12(Wikimedia Commons)

    Participação mundial: 2,7% Reservas provadas em 2011: 5,5 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 4,2 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 31%
  • 10. 9 - Nigéria

    10 /12(Getty Images)

    Participação mundial: 2,5% Reservas provadas em 2011: 5,1 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 4,6 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 11%
  • 11. 10 - Argélia

    11 /12(Wikimedia Commons)

    Participação mundial: 2,2% Reservas provadas em 2011: 4,5 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 4,5 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 0%
  • 12 /12(Sergio Moraes/Reuters)

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