Exame Logo

Tsipras pede que gregos façam história e votem "não"

O premiê grego pediu aos cidadãos para "fazer novamente história no lugar onde nasceu a democracia" e dizer 'não' ao que chamou de "ultimato" dos credores

O primeiro-ministro Alexis Tsipras: "os chamo outra vez a escrever a história. Os chamo outra vez a dizer 'não' aos ultimatos" (REUTERS/Alkis Konstantinidis)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 17h50.

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia , Alexis Tsipras, pediu nesta sexta-feira aos cidadãos do país para "fazer novamente história no lugar onde nasceu a democracia " e dizer 'não' ao que chamou de "ultimato" dos credores internacionais.

"O povo grego provou várias vezes em sua história que sabe responder aos ultimatos. Os ultimatos às vezes se transformam em um bumerangue. Os chamo outra vez a escrever a história. Os chamo outra vez a dizer 'não' aos ultimatos", disse Tsipras no ato de campanha em favor do 'não' para o referendo que será realizado no próximo domingo.

O líder esquerdista pediu ainda que os gregos lancem, com o não ao acordo, uma mensagem de "dignidade" e de "democracia" à Europa.

"No domingo não decidimos só viver na Europa. Decidimos viver com dignidade na Europa. Lutar e viver como iguais na Europa", acrescentou Tsipras para as mais de 25 mil pessoas que assistiram ao evento, e as convidou a verem a manifestação como uma celebração da democracia e não como um protesto.

"Hoje festejamos e cantamos para combater o medo e as chantagens. Hoje não protestamos, hoje festejamos, a democracia é uma festa, e festejamos a vitória da democracia", afirmou.

O primeiro-ministro afirmou que, independente de qual for o resultado do referendo domingo, "já ganhamos, porque a Grécia mandou uma mensagem de dignidade".

"No lugar onde nasceu a democracia damos uma oportunidade à Europa para voltar aos seus valores originais, valores abandonados há anos em favor da austeridade", disse.

Tsipras pediu aos cidadãos que não prestem atenção "as sirenes do medo", em alusão aos que proclamam que o 'não' é o princípio da saída da Grécia do euro, e que tomem sua decisão "com calma e determinação, para uma Grécia orgulhosa em uma Europa democrática".

"Temos razão e por isso venceremos. Ninguém pode ocultar que temos razão", insistiu.

Paralelamente ao comício na praça do Syntagma, uma plataforma formada por partidos políticos, empresários e sindicatos, pedia o 'sim' em uma manifestação também festiva aos pés do antigo estádio olímpico de Atenas, acompanhada por 20 mil pessoas.

Discursaram pequenos empresários, representantes municipais de várias partes do país, e o prefeito de Atenas, o independente Yorgos Kaminis, um dos organizadores da plataforma do 'sim'.

"Nos obrigam a votar sem nos dar tempo para pensar, para debater com calma, com uma pergunta que ninguém pode entender. Tsipras já não tem com quem discutir na Europa, ninguém acredita nele. Ninguém nos presenteou com a democracia, a construímos com muito esforço e a protegeremos", disse Kaminis no meio de aplausos.

Veja também

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia , Alexis Tsipras, pediu nesta sexta-feira aos cidadãos do país para "fazer novamente história no lugar onde nasceu a democracia " e dizer 'não' ao que chamou de "ultimato" dos credores internacionais.

"O povo grego provou várias vezes em sua história que sabe responder aos ultimatos. Os ultimatos às vezes se transformam em um bumerangue. Os chamo outra vez a escrever a história. Os chamo outra vez a dizer 'não' aos ultimatos", disse Tsipras no ato de campanha em favor do 'não' para o referendo que será realizado no próximo domingo.

O líder esquerdista pediu ainda que os gregos lancem, com o não ao acordo, uma mensagem de "dignidade" e de "democracia" à Europa.

"No domingo não decidimos só viver na Europa. Decidimos viver com dignidade na Europa. Lutar e viver como iguais na Europa", acrescentou Tsipras para as mais de 25 mil pessoas que assistiram ao evento, e as convidou a verem a manifestação como uma celebração da democracia e não como um protesto.

"Hoje festejamos e cantamos para combater o medo e as chantagens. Hoje não protestamos, hoje festejamos, a democracia é uma festa, e festejamos a vitória da democracia", afirmou.

O primeiro-ministro afirmou que, independente de qual for o resultado do referendo domingo, "já ganhamos, porque a Grécia mandou uma mensagem de dignidade".

"No lugar onde nasceu a democracia damos uma oportunidade à Europa para voltar aos seus valores originais, valores abandonados há anos em favor da austeridade", disse.

Tsipras pediu aos cidadãos que não prestem atenção "as sirenes do medo", em alusão aos que proclamam que o 'não' é o princípio da saída da Grécia do euro, e que tomem sua decisão "com calma e determinação, para uma Grécia orgulhosa em uma Europa democrática".

"Temos razão e por isso venceremos. Ninguém pode ocultar que temos razão", insistiu.

Paralelamente ao comício na praça do Syntagma, uma plataforma formada por partidos políticos, empresários e sindicatos, pedia o 'sim' em uma manifestação também festiva aos pés do antigo estádio olímpico de Atenas, acompanhada por 20 mil pessoas.

Discursaram pequenos empresários, representantes municipais de várias partes do país, e o prefeito de Atenas, o independente Yorgos Kaminis, um dos organizadores da plataforma do 'sim'.

"Nos obrigam a votar sem nos dar tempo para pensar, para debater com calma, com uma pergunta que ninguém pode entender. Tsipras já não tem com quem discutir na Europa, ninguém acredita nele. Ninguém nos presenteou com a democracia, a construímos com muito esforço e a protegeremos", disse Kaminis no meio de aplausos.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaDemocraciaEuropaGréciaPiigsReferendo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame