Economia

Trump quer mais gastos em defesa e cortes em educação e ambiente

O governo também deve aumentar o orçamento do Departamento de Segurança Nacional para financiar a construção do muro fronteiriço entre México e EUA

Donald Trump: o presidente enviará nesta semana ao Congresso sua proposta de orçamento para 2018 (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: o presidente enviará nesta semana ao Congresso sua proposta de orçamento para 2018 (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 13h40.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviará nesta semana ao Congresso sua proposta de orçamento para 2018, que inclui um aumento na despesa em defesa e cortes em meio ambiente, educação e habitação, informaram nesta segunda-feira os veículos de imprensa locais.

Trump pedirá a seus correligionários republicanos, com maioria no Congresso, que reduzam as verbas destinadas ao Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, ao Departamento de Educação e à Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA), dirigida por Scott Pruitt, um cético da mudança climática.

Concretamente, segundo veículos de imprensa locais, Trump planeja cortar 25% do orçamento em meio ambiente e acabar com 3 mil postos de trabalho na Agência de Proteção Meio Ambiental, o ramo do governo encarregada de implementar as políticas relacionadas com a luta contra a mudança climática.

O governo de Trump também quer eliminar uma verba do Departamento de Habitação de US$ 3 bilhões destinada a fornecer imóveis decentes e acessíveis às comunidades mais vulneráveis, assim como à criação de empregos mediante a expansão de negócios em áreas deprimidas.

No entanto, o governo planeja aumentar em US$ 54 bilhões o orçamento destinado ao Departamento de Defesa.

"Infelizmente, não temos outra alternativa do que reinvestir em nosso corpo militar e nos converter de novo em uma potência militar de primeira ordem", disse no domingo o assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn, em entrevista à "Fox".

A despesa militar dos Estados Unidos em 2015 foi já de US$ 601 bilhões, um número maior ao orçamento militar dos sete países do mundo que gastam mais em defesa depois dos EUA.

Segundo veículos de imprensa locais, o governo também deve aumentar o orçamento do Departamento de Segurança Nacional (DHS) para financiar a construção do muro fronteiriço entre México e EUA, assim como a contratação de 15 mil novos agentes fronteiriços, uma proposta que recolhe um dos decretos de Trump.

Um grupo de legisladores democratas expressou hoje sua preocupação pelo aumento da despesa para construir o muro, cujo custo estimado passou dos US$ 8 bilhões calculados inicialmente por Trump até US$ 21,6 bilhões, segundo os últimos números do Departamento de Segurança Nacional.

Para poder financiar o muro, Trump cortará 14% do orçamento para 2018 da Guarda Costeira, segundo um esboço ao qual teve acesso na semana passada p jornal "The Washington Post".

Além disso, segundo veículos de imprensa locais, o presidente cumprirá com sua promessa de honrar os veteranos de guerra e reformar o Departamento de Assuntos dos Veteranos, que verá aumentar seu orçamento.

A filosofia de Trump de "Estados Unidos primeiro" também fará com que o presidente corte 37% do orçamento do Departamento de Estado, uma drástica redução que poderia limitar a assistência americano ao desenvolvimento e a ajuda econômica à América Latina, segundo apontam os especialistas.

A Casa Branca confirmou que nesta quinta-feira apresentará sua proposta de orçamento para o ano fiscal 2018, que compreende o período desde 1 de outubro de 2017 até 30 de setembro de 2018.

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