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Trump condicona tarifas sobre aço para México e Canadá ao Nafta

O governante salientou que "as tarifas ao aço e alumínio só serão tiradas se for assinado um novo e justo Nafta", acordo em vigor desde 1994

Trump: presidente insistiu que "não vai dar marcha à ré" nessas medidas de protecionismo (Jonathan Ernst/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de março de 2018 às 17h46.

Última atualização em 5 de março de 2018 às 20h00.

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , indicou nesta segunda-feira que poderia eliminar as tarifas anunciadas às importações de aço e alumínio do Canadá e do México caso se alcançe "um novo e justo" Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ( Nafta ), atualmente em negociação.

"Temos grande déficit comercial com o México e o Canadá. O Nafta, que está sob renegociação agora mesmo, foi um acordo ruim para os EUA", disse Trump em sua conta do Twitter.

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Como consequência, o governante salientou que "as tarifas ao aço e alumínio só serão tiradas se for assinado um novo e justo Nafta", acordo em vigor desde 1994.

A mensagem do presidente americano coincide com o fechamento da última rodada de conversas sobre o Nafta que acontece hoje na Cidade do México, com a presença dos chefes negociadores dos três países.

Na semana passada, Trump anunciou que iria impor uma tarifa de 25% às importações de aço e 10% às de alumínio para proteger a indústria doméstica, algo que gerou uma onda de preocupação internacional perante a escalada de uma potencial guerra comercial com medida similares por parte de outros países.

Pouco depois, em breves declarações junto com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Trump insistiu que "não vai dar marcha à ré" nessas medidas de protecionismo, apesar da rejeição internacional.

Além disso, e após ter assegurado na semana passada que "as guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar", previu: "Não acredito que vamos ter uma guerra comercial".

O presidente não esclareceu se as suas tarifas seriam gerais ou se estaria disposto a contemplar exceções para alguns aliados dos Estados Unidos, como os países da União Europeia (UE) ou o Canadá, que é o maior fornecedor de alumínio e de aço ao país.

No entanto, no domingo, o assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, rejeitou que vá haver "exceções" para países concretamente, e insistiu que se trata de medidas gerais.

Após conhecer o anúncio de Trump, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, respondeu que os países-membros se defenderão das novas tarifas com medidas similares para produtos como "motocicletas Harley-Davidson, calças Levi's e uísque bourbon".

Perante isso, Trump disse que "se a UE quer aumentar, ainda mais, suas já enormes tarifas e barreiras às empresas americanas que operam ali, nós simplesmente aplicaremos um imposto sobre seus veículos que fluem livremente pelos Estados Unidos".

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