Top-5 do Boletim Focus projeta Selic a 9,50% neste ano
Levantamento do Banco Central também espera um corte de 0,50 ponto na Selic na reunião do Copom em fevereiro
Reuters
Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 09h14.
Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 09h15.
São Paulo - Os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central passaram a ver a taxa básica de juros em um dígito neste ano depois de o BC ter reduzido a Selic a 13 por cento.
O levantamento divulgado nesta segunda-feira apontou que a expectativa é de um afrouxamento monetário ainda maior em 2017, com a Selic indo a 9,75 por cento, sobre 10,25 por cento projetado anteriormente.
Para a reunião de fevereiro, a expectativa é de um corte de 0,50 ponto na Selic, atualmente em 13 por cento, reduzindo o ritmo do afrouxamento depois de o Copom ter na semana passada promovido um corte de 0,75 ponto.
Os investidores aguardam agora a divulgação da ata dessa reunião para terem mais pistas sobre a condução da política monetária.
Para 2018 a pesquisa aponta que a Selic deve terminar a 9,50 por cento, abaixo dos 9,63 por cento previstos antes na mediana das projeções.
Já o Top-5, que reúne as instituições que mais acertam as previsões, projeta a taxa básica de juros ainda mais baixa este ano, a 9,50 por cento, contra 10 por cento antes. Para 2018 a conta também foi reduzida, a 9,50 por cento de 10,25 por cento.
A expectativa para a atividade econômica brasileira permanece sendo de uma expansão de 0,5 por cento em 2017, melhorando a 2,20 por cento em 2018. Nesse caso, entretanto, houve redução ante a estimativa anterior de crescimento do Produto Interno Bruto de 2,30 por cento.
Os economistas consultados realizaram ainda um leve ajuste na expectativa para a inflação deste ano, projetando a alta do IPCA em 4,80 por cento, 0,01 ponto percentual a menos do que na semana anterior, perto do centro da meta, de 4,5 por cento, mas com banda de 1,5 ponto.
Para 2018 a mediana das projeções aponta inflação de 4,5 por cento.
Em 2016, a inflação fechou com alta de 6,29 por cento,voltando a ficar dentro da meta do governo --de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos percentuais-- depois de ter estourado o objetivo em 2015.