Para Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, visão de que Brasil depende da China é exagerada (Yasuyoshi Chiba/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2012 às 16h58.
São Paulo – Embora o governo da China tenha adotado medidas para impedir uma desaceleração mais pronunciada da economia, ainda persistem os sinais de “pouso suave” no país. Essa é a visão de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, que participou hoje, em São Paulo, do ciclo de palestras e almoços Encontros EXAME.
Essa desaceleração poderia ter efeitos na economia global, mas de maneira limitada no Brasil. “Existe uma percepção extremada de que a economia brasileira é dependente da economia chinesa”, disse Tombini, que contou que frequentemente os investidores estrangeiros perguntam sobre essa relação de dependência.
O presidente do BC defendeu que essa visão é exagerada por dois motivos. Primeiro porque, segundo ele, o Brasil ainda é uma economia relativamente fechada. “As exportações brasileiras correspondem a apenas 10,7% do nosso PIB”, disse.
Em segundo lugar, porque o país tem uma pauta de vendas diversificadas, tanto em produtos quanto em países de destino. Segundo Tombini, 17,7% das exportações brasileiras vão para a China, ou 2% do PIB.
Isso não quer dizer que o Brasil não sofra nenhum impacto de uma possível desaceleração chinesa. Segundo ele, o fraco desempenho da economia mundial e a desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa, são fatores que contribuem com o recrudescimento do comércio internacional e têm efeitos sobre o Brasil.
Veja como foi a apresentação de Alexandre Tombini:
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