Economia

Tombini anuncia que BC estenderá programa de hedge cambial

Logo após o anúncio de Tombini, o dólar acelerou a queda a mais de 1% ante o real, voltando a se distanciar do patamar de R$2,40


	Alexandre Tombini: "o BC tem atuado e vem oferecendo proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez aos mercados. Em 2014, o Banco Central não sairá de cena neste mercado" 
 (Antonio Cruz/ABr)

Alexandre Tombini: "o BC tem atuado e vem oferecendo proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez aos mercados. Em 2014, o Banco Central não sairá de cena neste mercado"  (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 13h48.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira que o programa de intervenção cambial será estendido e reforçou que as "autoridades nacionais" podem agir para mitigar os efeitos da volatilidade internacional.

"Aproveito a oportunidade para informar que, com alguns ajustes, o Banco Central estenderá o programa de oferta de hedge cambial no futuro", afirmou Tombini, durante evento da Febraban, em São Paulo.

Logo após o anúncio de Tombini, o dólar acelerou a queda a mais de 1 por cento ante o real, voltando a se distanciar do patamar de 2,40 reais. O BC tem atuado diariamente no câmbio, oferecendo contratos de swaps cambiais--equivalentes a venda futura de dólares-- desde o fim de agosto.

"O BC tem atuado e vem oferecendo proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez aos mercados. Em 2014, o Banco Central não sairá de cena neste mercado." Tombini disse ainda o BC tem se mantido "especialmente vigilante" na condução de política monetária, e reforçou que inflação elevada gera distorções e aumenta os riscos para a economia.

Nesta manhã, o BC disse, em ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), que é "apropriada" a manutenção do ritmo de ajuste monetário "ora em curso" e que deve-se manter "especialmente vigilante". Contudo, a autoridade monetária ponderou que a transmissão dos efeitos da política monetária "ocorre com defasagens", o que foi entendido por parte do mercado como uma indicação de que o BC pode reduzir seu ritmo de elevação da Selic no futuro próximo.

Tombini disse ainda que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre mostra crescimento gradual da atividade econômica, que depende do fortalecimento da confiança.

O PIB brasileiro encolheu 0,5 por cento no terceiro trimestre sobre os três meses anteriores.

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