Terminal de Grãos do Maranhão começa a exportar milho
O Terminal de Grãos do Maranhão, um dos novos grandes terminais exportadores do agronegócio brasileiro, carregou seu primeiro navio de milho
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2015 às 22h03.
São Paulo - O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), um dos novos grandes terminais exportadores do agronegócio brasileiro, carrega nesta quarta-feira seu primeiro navio de milho , poucos meses após iniciar a operação com soja .
Além disso, na madrugada desta quarta-feira começou o descarregamento do primeiro trem graneleiro no terminal.
"Nossa estimativa é da ordem de 800 mil a 1 milhão de toneladas de milho saindo por lá até o fim do ano", revelou à Reuters o executivo representante do Tegram, Luiz Claudio Santos.
O Tegram, construído em São Luís por um consórcio composto por NovaAgri, Glencore, CGG Trading e Amaggi/Louis Dreyfus, é um dos grandes terminais que passaram a reforçar as operações de companhias exportadoras que buscam alternativas aos congestionados portos do Sul e do Sudeste do Brasil.
A primeira carga de milho exportada foi vendida pela trading CGG para o Oriente Médio, afirmou Santos, diretor de Logística e Infraestutura da CGG.
O terminal despachou seu primeiro navio com soja em meados de março e agora passa a embarcar também milho, cereal que deverá dominar a pauta de exportações de grãos do Brasil no segundo semestre, após uma grande colheita no Centro-Oeste.
Até o momento, o Tegram já exportou 1,51 milhão de toneladas de soja, em 24 navios. A previsão, segundo Santos, é operar ainda oito navios com soja em agosto e mais dois em setembro. Gradualmente, no segundo semestre, o milho deverá dominar os embarques. A expectativa é fechar este primeiro ano de operações com exportações de 2,5 milhões de toneladas de grãos.
Após investimentos relativamente recentes, os terminais do Norte e Nordeste passaram ter uma papel mais relevante no escoamento da safra brasileira, e devem ganhar cada vez mais importância nos próximos anos. A Reuters revelou na semana passada que a Multigrain, da japonesa Mitsui, começou a exportar soja não transgênica por um terminal incomum, no litoral de Sergipe, há cerca de dois meses.
Ainda no ano passado, as gigantes Bunge e ADM despacharam seus primeiros navios de soja por terminais localizados em Barcarena (PA), aproveitando-se do corredor fluvial da região do rio Amazonas.
Segundo o Tegram, as chuvas --que, quando ocorrem, obrigam o fechamento dos porões dos navios e interrompem os embarques-- não serão problemas para as operações nos próximos meses, já que a estação seca na região dura de julho a dezembro.
FERROVIA
O Tegram está na ponta norte da Ferrovia Norte-Sul e da Estrada de Ferro Carajás, operando ao lado de terminais de grãos e minério de ferro da VLI Logística e da Vale, na capital maranhense.
Até esta semana, no entanto, o Tegram recebia apenas grãos por meio de caminhões.
A VLI, que opera na ferrovia, entregou a obra de um ramal de cerca de dois quilômetros, que permitiu o acesso do primeiro trem, contratado pelo consórcio Amaggi/Louis Dreyfus Commodities.
"O modal ferroviário vai representar 70 a 80 por cento da nossa logística. O primeiro comboio de soja foi descarregado nesta madrugada", afirmou Santos.
Ao longo dos próximos meses, os descarregamentos ferroviários deverão gradualmente ganhar força no Tegram, ampliando as opções logísticas para produtores e empresas exportadoras que atuam em Tocantins, sul do Maranhão e leste de Mato Grosso, regiões de grande expansão de lavouras.
A VLI confirmou que dois novos terminais de transbordo, em Porto Nacional e Palmeirante, ambos em Tocantins, estarão recebendo caminhões e carregando grãos nos comboios ferroviários já para a próxima safra 2015/16.
Após os testes de 2015, o Tegram espera exportar 3,5 milhões de toneladas de grãos no ano que vem, projetou Santos.
Quando a capacidade operacional da primeira fase do projeto for atingida, serão 5 milhões de toneladas anuais.
São Paulo - O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), um dos novos grandes terminais exportadores do agronegócio brasileiro, carrega nesta quarta-feira seu primeiro navio de milho , poucos meses após iniciar a operação com soja .
Além disso, na madrugada desta quarta-feira começou o descarregamento do primeiro trem graneleiro no terminal.
"Nossa estimativa é da ordem de 800 mil a 1 milhão de toneladas de milho saindo por lá até o fim do ano", revelou à Reuters o executivo representante do Tegram, Luiz Claudio Santos.
O Tegram, construído em São Luís por um consórcio composto por NovaAgri, Glencore, CGG Trading e Amaggi/Louis Dreyfus, é um dos grandes terminais que passaram a reforçar as operações de companhias exportadoras que buscam alternativas aos congestionados portos do Sul e do Sudeste do Brasil.
A primeira carga de milho exportada foi vendida pela trading CGG para o Oriente Médio, afirmou Santos, diretor de Logística e Infraestutura da CGG.
O terminal despachou seu primeiro navio com soja em meados de março e agora passa a embarcar também milho, cereal que deverá dominar a pauta de exportações de grãos do Brasil no segundo semestre, após uma grande colheita no Centro-Oeste.
Até o momento, o Tegram já exportou 1,51 milhão de toneladas de soja, em 24 navios. A previsão, segundo Santos, é operar ainda oito navios com soja em agosto e mais dois em setembro. Gradualmente, no segundo semestre, o milho deverá dominar os embarques. A expectativa é fechar este primeiro ano de operações com exportações de 2,5 milhões de toneladas de grãos.
Após investimentos relativamente recentes, os terminais do Norte e Nordeste passaram ter uma papel mais relevante no escoamento da safra brasileira, e devem ganhar cada vez mais importância nos próximos anos. A Reuters revelou na semana passada que a Multigrain, da japonesa Mitsui, começou a exportar soja não transgênica por um terminal incomum, no litoral de Sergipe, há cerca de dois meses.
Ainda no ano passado, as gigantes Bunge e ADM despacharam seus primeiros navios de soja por terminais localizados em Barcarena (PA), aproveitando-se do corredor fluvial da região do rio Amazonas.
Segundo o Tegram, as chuvas --que, quando ocorrem, obrigam o fechamento dos porões dos navios e interrompem os embarques-- não serão problemas para as operações nos próximos meses, já que a estação seca na região dura de julho a dezembro.
FERROVIA
O Tegram está na ponta norte da Ferrovia Norte-Sul e da Estrada de Ferro Carajás, operando ao lado de terminais de grãos e minério de ferro da VLI Logística e da Vale, na capital maranhense.
Até esta semana, no entanto, o Tegram recebia apenas grãos por meio de caminhões.
A VLI, que opera na ferrovia, entregou a obra de um ramal de cerca de dois quilômetros, que permitiu o acesso do primeiro trem, contratado pelo consórcio Amaggi/Louis Dreyfus Commodities.
"O modal ferroviário vai representar 70 a 80 por cento da nossa logística. O primeiro comboio de soja foi descarregado nesta madrugada", afirmou Santos.
Ao longo dos próximos meses, os descarregamentos ferroviários deverão gradualmente ganhar força no Tegram, ampliando as opções logísticas para produtores e empresas exportadoras que atuam em Tocantins, sul do Maranhão e leste de Mato Grosso, regiões de grande expansão de lavouras.
A VLI confirmou que dois novos terminais de transbordo, em Porto Nacional e Palmeirante, ambos em Tocantins, estarão recebendo caminhões e carregando grãos nos comboios ferroviários já para a próxima safra 2015/16.
Após os testes de 2015, o Tegram espera exportar 3,5 milhões de toneladas de grãos no ano que vem, projetou Santos.
Quando a capacidade operacional da primeira fase do projeto for atingida, serão 5 milhões de toneladas anuais.