Economia

Temer receberá proposta sobre Previdência nesta semana

A proposta da equipe econômica do governo sobre a reforma da Previdência deve ser entregue a Michel Temer nesta semana


	Temer: questão da idade mínima de 65 para aposentadoria já é consenso dentro do governo, mas cálculo do benefício ainda não foi definido
 (Getty Images)

Temer: questão da idade mínima de 65 para aposentadoria já é consenso dentro do governo, mas cálculo do benefício ainda não foi definido (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 08h12.

Brasília - O presidente Michel Temer deve receber nesta semana a proposta de reforma da Previdência que está sendo preparada pela área técnica do governo.

Se o projeto tiver o aval do presidente, poderá ser apresentado ainda durante a semana às centrais sindicais, confederações empresariais e lideranças políticas para depois ser encaminhado ao Congresso.

A data de envio do projeto de reforma ao Congresso virou polêmica dentro do governo. Integrantes da ala política defendiam o envio depois das eleições, para evitar que a proposta de estabelecer a idade mínima de 65 anos para aposentadorias prejudicasse o desempenho de candidatos governistas nas disputas eleitorais.

O PSDB, no entanto, pressiona para que a proposta seja encaminhada o mais rápido possível.

Já há consenso no governo na questão da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, e de que só terá direito ao benefício quem contribuir para a Previdência por, pelo menos, 25 anos.

Mas ainda não está definido como será calculado o valor do benefício para quem atender a esses dois requisitos básicos.

O benefício da aposentadoria pode ser com base num porcentual fixo do valor do salário médio do trabalhador mais um adicional que seria incorporado para cada ano de contribuição à Previdência além do tempo mínimo estipulado para contribuição.

A ideia é que esse porcentual seja definido em reunião nesta segunda-feira, com o retorno do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao trabalho depois de um período de licença médica.

Uma das alternativas em discussão é que o contribuinte trabalhe mais 20 ou 25 anos para fazer jus ao benefício. Para ganhar aposentadoria integral, a pessoa teria de contribuir por um tempo de trabalho de 45 a 50 anos.

Um integrante do núcleo político do governo defendeu que a regra trará justiça para quem contribuir mais. "Chegou a vez de definir o que atende à necessidade da reforma da Previdência, mas que também seja justo para quem contribui", afirmou. "Haverá justiça para quem contribuir mais", acrescentou.

Sem a reforma, a equipe econômica avalia que o crescimento dos gastos obrigatórios com o pagamento dos benefícios previdenciários vão comprimir ao longo do anos as outras despesas do governo.

Isso inviabilizaria o funcionamento do teto de gastos, principal instrumento apresentado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de ajuste fiscal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AposentadoriaCongressoMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrevidência Social

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025