Michel Temer: o presidente tem designado a reforma como "simplificação tributária" (Beto Barata/PR/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de agosto de 2017 às 15h28.
Brasília - Começou neste início de tarde de sexta-feira, 18, a reunião entre o presidente Michel Temer com a equipe econômica, no Palácio do Planalto.
Segundo interlocutores do presidente, o objetivo do encontro é discutir o andamento da reforma tributária, que Temer tem designado como "simplificação".
Esta semana em São Paulo, o presidente afirmou que a simplificação tributária é algo que quer fazer ainda neste trimestre.
O relator da reforma tributária, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), ao chegar ao Planalto confirmou que fará a apresentação de sua proposta para reforma, com um IVA único.
Segundo o relator, o encontro é uma oportunidade de tentar convencer a equipe econômica da necessidade de uma mudança estrutural na forma como os impostos são arrecadados para evitar que todo ano o governo precise correr atrás de receitas extraordinárias para fechar as contas.
Para Hauly, se essa reforma tivesse sido feita há mais tempo, o PIB brasileiro poderia ter crescido nos últimos anos pelo menos no ritmo da média mundial. "Hoje teríamos R$ 1,3 trilhão a mais de PIB", alegou.
Participam da reunião o ministro da Fazenda, Henrique Meireles; do Planejamento, Dyogo Oliveira; o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid; o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia; e o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto de Almeida.
Antes da reunião com a equipe econômica, Temer recebeu os ministros tucanos Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) para um almoço no Planalto.
O encontro acontece um dia após o PSDB exibir propaganda partidária que escancarou ainda mais o racha na sigla.
Os dois e também o ministro das Cidades, Bruno Araújo, se manifestaram ontem contra a propaganda.
Bruno Araújo não participou da reunião, pois cumpre agenda em Pernambuco.
A peça, na qual o partido faz uma autocrítica e diz que errou, também menciona o presidente Michel Temer como um governante que "enfrenta dificuldade de governar e unir o país".
Ontem, auxiliares do presidente disseram que o programa foi um tiro no pé.