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Taesa e Alupar podem disputar juntas linha em Belo Monte

No entanto, essa formação pode mudar até a data do leilão, alertou a Taesa

Imagens das obras de Belo Monte feitas pelo Greenpeace: o leilão está previsto para 7 de fevereiro (© Marizilda Cruppe / Greenpeace)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 12h49.

São Paulo - O presidente da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), José Ragone, afirmou nesta sexta-feira, 07, que o investimento na construção da linha de transmissão de Belo Monte está estimado em cerca de R$ 4,5 bilhões.

A Taesa participou dos estudos para a construção do linhão e planeja disputar o certame em parceria com a Alupar, cada qual com 50% de participação no consórcio . O leilão está previsto para o dia 7 de fevereiro.

O número de R$ 4,5 bilhões, segundo Ragone, é um indicativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas pode ser alterado. "Tivemos situações em leilões anteriores de um investimento maior que o indicado pela Aneel, e isso altera nosso posicionamento. Por isso, muitas vezes, estudamos (o leilão) e declinamos", ponderou.

Segundo Ragone, os recursos para o investimento, caso o leilão seja vencido por Taesa e Alupar, poderiam vir do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de linhas tradicionais no mercado, para o financiamento do equity. "(Os recursos podem vir de) oportunidades que a empresa tem, em função da posição privilegiada dada nossa condição creditícia", disse.

Ragone acredita que o prazo para a construção do linhão de aproximadamente 2,2 mil quilômetros de extensão ficará próximo a 48 meses, período considerado por ele suficiente para o projeto.

O leilão deverá ser realizado em dois lotes, com duas conversoras e uma linha em 800 mil volts com corrente contínua. "É um bipolo importante para o País. É uma linha quase de escoamento de Belo Monte, e não de conexão", analisou Ragone, justificando a relevância do projeto para o escoamento da energia de Belo Monte.


Leilões

Além do leilão do linhão de Belo Monte, a Aneel prevê realizar mais dois leilões de transmissão ainda no primeiro semestre de 2014. O segundo leilão deve ocorrer no início de abril, segundo a diretoria da agência reguladora, e já conta com a oferta prevista de dez a 12 lotes.

O leilão desta sexta-feira, 13, quarto e último certame de transmissão realizado em 2013, contou com apenas quatro lotes, sendo que o lote B não recebeu proposta. Nos outros três lotes, foram apenas três ofertas, uma para cada bloco. O deságio ficou em apenas 5,64%.

Para o diretor da Aneel, Edvaldo Santana, o lote B, composto pela subestação Jaru, no estado de Rondônia, enfrenta como barreira a legislação que obriga o sorteio da subestação. Ainda que ela represente, na prática, uma espécie de ampliação de unidade operada pela Eletronorte. "A lei diz que não podemos autorizar (o repasse do projeto) a quem está lá. Seria até mais barato", analisou.

Questionado sobre a razão de a Eletronorte não demonstrar interesse no lote, Santana sintetizou: "Quem está lá não entra porque tem que disputar, há o deságio. Às vezes, é melhor não entrar", complementou o diretor da Aneel.

*Matéria atualizada às 13h49

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São Paulo - O presidente da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), José Ragone, afirmou nesta sexta-feira, 07, que o investimento na construção da linha de transmissão de Belo Monte está estimado em cerca de R$ 4,5 bilhões.

A Taesa participou dos estudos para a construção do linhão e planeja disputar o certame em parceria com a Alupar, cada qual com 50% de participação no consórcio . O leilão está previsto para o dia 7 de fevereiro.

O número de R$ 4,5 bilhões, segundo Ragone, é um indicativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas pode ser alterado. "Tivemos situações em leilões anteriores de um investimento maior que o indicado pela Aneel, e isso altera nosso posicionamento. Por isso, muitas vezes, estudamos (o leilão) e declinamos", ponderou.

Segundo Ragone, os recursos para o investimento, caso o leilão seja vencido por Taesa e Alupar, poderiam vir do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de linhas tradicionais no mercado, para o financiamento do equity. "(Os recursos podem vir de) oportunidades que a empresa tem, em função da posição privilegiada dada nossa condição creditícia", disse.

Ragone acredita que o prazo para a construção do linhão de aproximadamente 2,2 mil quilômetros de extensão ficará próximo a 48 meses, período considerado por ele suficiente para o projeto.

O leilão deverá ser realizado em dois lotes, com duas conversoras e uma linha em 800 mil volts com corrente contínua. "É um bipolo importante para o País. É uma linha quase de escoamento de Belo Monte, e não de conexão", analisou Ragone, justificando a relevância do projeto para o escoamento da energia de Belo Monte.


Leilões

Além do leilão do linhão de Belo Monte, a Aneel prevê realizar mais dois leilões de transmissão ainda no primeiro semestre de 2014. O segundo leilão deve ocorrer no início de abril, segundo a diretoria da agência reguladora, e já conta com a oferta prevista de dez a 12 lotes.

O leilão desta sexta-feira, 13, quarto e último certame de transmissão realizado em 2013, contou com apenas quatro lotes, sendo que o lote B não recebeu proposta. Nos outros três lotes, foram apenas três ofertas, uma para cada bloco. O deságio ficou em apenas 5,64%.

Para o diretor da Aneel, Edvaldo Santana, o lote B, composto pela subestação Jaru, no estado de Rondônia, enfrenta como barreira a legislação que obriga o sorteio da subestação. Ainda que ela represente, na prática, uma espécie de ampliação de unidade operada pela Eletronorte. "A lei diz que não podemos autorizar (o repasse do projeto) a quem está lá. Seria até mais barato", analisou.

Questionado sobre a razão de a Eletronorte não demonstrar interesse no lote, Santana sintetizou: "Quem está lá não entra porque tem que disputar, há o deságio. Às vezes, é melhor não entrar", complementou o diretor da Aneel.

*Matéria atualizada às 13h49

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