Economia

Surto de coronavírus pode destruir até 25 milhões de empregos, diz OIT

A organização pediu medidas urgentes, em larga escala e coordenadas, para proteger os trabalhadores, estimular a economia e apoiar empregos e renda

Filas para emprego: setor será afetado pela pandemia do novo coronavírus covid-19 (Victoria Labadie/Getty Images)

Filas para emprego: setor será afetado pela pandemia do novo coronavírus covid-19 (Victoria Labadie/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de março de 2020 às 14h41.

A pandemia de coronavírus pode desencadear uma crise econômica global, destruindo até 25 milhões de empregos em todo o mundo se os governos não agirem rapidamente para proteger os trabalhadores do impacto, informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta quarta-feira.

"No entanto, se virmos uma resposta coordenada internacionalmente, como aconteceu na crise financeira global de 2008/9, o impacto no desemprego global poderá ser significativamente menor", afirmou a OIT.

A organização pediu medidas urgentes, em larga escala e coordenadas para proteger os trabalhadores em seu local de trabalho, estimular a economia e apoiar empregos e renda.

Tais medidas devem incluir a extensão da proteção social e apoio à retenção de empregos por meio de jornada reduzida ou licença remunerada, além de benefícios financeiros e fiscais, inclusive para micro, pequenas e médias empresas, acrescentou a OIT.

Com base em diferentes cenários para o impacto da pandemia sobre o crescimento econômico global, o desemprego global estimado pela OIT aumentaria entre 5,3 milhões (cenário "baixo") e 24,7 milhões (cenário "alto"). Em comparação, a crise financeira global de 2008/9 aumentou o desemprego global em 22 milhões de pessoas.

"Isso não é mais apenas uma crise global de saúde, é também um grande crise no mercado de trabalho e econômica que está causando um enorme impacto nas pessoas", disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

"Em 2008, o mundo apresentou uma frente unida para lidar com as consequências da crise financeira global, e o pior foi evitado. Precisamos desse tipo de liderança e resolução agora", acrescentou.

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