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Spread do BNDES em repasses de infra será menor que 0,5%

Para o empreendedor que se financiar com os bancos comerciais, os juros serão de 2% e mais Taxa de Juros de Longo Prazo

Sede do BNDES: embora o Ministério da Fazenda esteja negociando a formação do pool de bancos, os empréstimos ocorrerão de forma isolada (Divulgação/BNDES)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 14h45.

Brasília - O spread que o BNDES vai cobrar dos bancos comerciais no repasse de recursos para financiamento dos projetos de infraestrutura vai ser inferior a 0,5 por cento, informou à Reuters fonte próxima à área econômica que acompanha o tema.

"O spread vai ser próximo de zero e abaixo de 0,5 por cento porque o risco do BNDES será de os bancos não pagarem e como esse risco é baixo, o spread vai ser baixo", disse a fonte.

Para o empreendedor que se financiar com os bancos comerciais, os juros serão de 2 por cento e mais Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A diferença entre essas condições e o spread do BNDES será o spread dos bancos.

"Essas condições também são baixas porque o risco do empreendedor não pagar também é baixo", acrescentou a fonte.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne na tarde desta quinta-feira com dirigentes dos bancos comerciais privados e públicos para concluir o Sindicato dos Bancos. O grupo é um arranjo de negócios desenhado pela área econômica para formalizar o pool de instituições financeiras privadas e públicas que, com recursos transferidos pelo BNDES, ofertarão financiamentos para bancar os programas de concessão.

O programa começa a sair do papel no próximo dia 18, quando o governo fará o leilão de trechos das rodovias BR-050 (GO/MG) e BR-262 (MG/ES). A partir disso, ocorrerá uma sucessão de ofertas públicas e que inclui a licitação da reserva de Libra, na região petrolífera do pré-sal.

A fonte explicou ainda que embora o Ministério da Fazenda esteja negociando a formação do pool de bancos, os empréstimos ocorrerão de forma isolada, em um desenho que visa pulverizar o risco dos negócios e retirar dos ombros do BNDES a concentração dos empréstimos em um momento em que o governo buscar rapidez na implementação dos projetos.

A garantia desses financiamentos na ponta do empreendedor serão os próprios ativos e recebíveis gerados pela concessão, a exemplo dos pedágios cobrados nas rodovias sob gestão privada.


A última reunião sobre esse tema ocorreu em 27 de agosto, quando o ministro Mantega se reuniu com dirigentes de Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil, BTG Pactual, Bank of America e Banco do Brasil.

Na ocasião, foi comentado que o governo usará 11 bilhões de reais do fundo de infraestrutura da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e de Garantias (ABGF) para dar cobertura a parte dos riscos das concessões.

Integram o programa de concessão do governo os projetos nas áreas de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, o trem de alta velocidade e os projetos nas áreas de energia e de petróleo, totalizando 470 bilhões de reais em investimentos estimados pelo Ministério da Fazenda.

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Brasília - O spread que o BNDES vai cobrar dos bancos comerciais no repasse de recursos para financiamento dos projetos de infraestrutura vai ser inferior a 0,5 por cento, informou à Reuters fonte próxima à área econômica que acompanha o tema.

"O spread vai ser próximo de zero e abaixo de 0,5 por cento porque o risco do BNDES será de os bancos não pagarem e como esse risco é baixo, o spread vai ser baixo", disse a fonte.

Para o empreendedor que se financiar com os bancos comerciais, os juros serão de 2 por cento e mais Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A diferença entre essas condições e o spread do BNDES será o spread dos bancos.

"Essas condições também são baixas porque o risco do empreendedor não pagar também é baixo", acrescentou a fonte.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne na tarde desta quinta-feira com dirigentes dos bancos comerciais privados e públicos para concluir o Sindicato dos Bancos. O grupo é um arranjo de negócios desenhado pela área econômica para formalizar o pool de instituições financeiras privadas e públicas que, com recursos transferidos pelo BNDES, ofertarão financiamentos para bancar os programas de concessão.

O programa começa a sair do papel no próximo dia 18, quando o governo fará o leilão de trechos das rodovias BR-050 (GO/MG) e BR-262 (MG/ES). A partir disso, ocorrerá uma sucessão de ofertas públicas e que inclui a licitação da reserva de Libra, na região petrolífera do pré-sal.

A fonte explicou ainda que embora o Ministério da Fazenda esteja negociando a formação do pool de bancos, os empréstimos ocorrerão de forma isolada, em um desenho que visa pulverizar o risco dos negócios e retirar dos ombros do BNDES a concentração dos empréstimos em um momento em que o governo buscar rapidez na implementação dos projetos.

A garantia desses financiamentos na ponta do empreendedor serão os próprios ativos e recebíveis gerados pela concessão, a exemplo dos pedágios cobrados nas rodovias sob gestão privada.


A última reunião sobre esse tema ocorreu em 27 de agosto, quando o ministro Mantega se reuniu com dirigentes de Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil, BTG Pactual, Bank of America e Banco do Brasil.

Na ocasião, foi comentado que o governo usará 11 bilhões de reais do fundo de infraestrutura da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e de Garantias (ABGF) para dar cobertura a parte dos riscos das concessões.

Integram o programa de concessão do governo os projetos nas áreas de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, o trem de alta velocidade e os projetos nas áreas de energia e de petróleo, totalizando 470 bilhões de reais em investimentos estimados pelo Ministério da Fazenda.

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