Economia

Queda da inadimplência é maior entre 18 e 24 anos, diz SPC

O resultado contrasta com dado de que 40% dos brasileiros de idades entre 16 e 24 anos admitem não controlar bem a vida financeira


	Jovens: "apesar de consumirem de forma impulsiva, os jovens se endividam com bens de valor relativamente baixo", diz pesquisadora
 (Jewel Samad/AFP)

Jovens: "apesar de consumirem de forma impulsiva, os jovens se endividam com bens de valor relativamente baixo", diz pesquisadora (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 08h28.

São Paulo - Dados divulgados na quinta-feira, 23, pelo SPC Brasil revelam que a faixa etária entre 18 e 24 anos foi a única a apresentar queda no índice de inadimplência no mês de outubro.

Esse resultado parece contrastar com pesquisa publicada na quarta-feira, 22, pelo SerasaConsumidor, que constatou que 40% dos brasileiros de idades entre 16 e 24 anos admitem não controlar bem a vida financeira.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica o aparente paradoxo: "Apesar de consumirem de forma impulsiva, os jovens se endividam com bens de valor relativamente baixo, facilitando o pagamento".

Segundo Marcela, os brasileiros dessa faixa etária têm optado por se casar mais tarde e estender seu tempo de estudo. Esses fatores os levam a adiar a saída da casa dos pais, retardando também gastos maiores, como o financiamento da casa própria e a compra de automóveis.

Assim, embora tenham impulsos consumistas pela influência da propaganda e da pressão social, as despesas dos jovens concentram-se em roupas, eletrônicos e no lazer; itens de valor menor do que os compromissos exigidos por uma vida financeira independente.

A estudante de administração Ana Beatriz Oliveira, de 21 anos, usa com frequência o cheque especial. Como estagiária, recebe R$ 1,2 mil e tem como despesas fixas apenas a alimentação e a gasolina.

Porém, muitas vezes ela ultrapassa o valor restante do salário gastando em restaurantes, bares, roupas e no salão de beleza.

Apesar do descuido, faz questão de nunca permitir que a dívida se acumule por mais que dois ou três dias: "Se for preciso, tiro o dinheiro da poupança para quitar o que devo e não deixar acumular", explica a jovem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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