Setor de serviços pode evitar recessão na zona do euro
Índice Preliminar Composto de Gerentes de Compra da Zona do Euro subiu de 48,3 em dezembro para 50,4 em janeiro - a maior leitura em quatro meses
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 09h01.
Londres - A zona do euro ainda pode escapar da recessão graças a uma surpreendente virada no setor de serviços, que predominou sobre a atual contração da indústria neste mês, segundo pesquisas divulgadas nesta terça-feira.
O Índice Preliminar Composto de Gerentes de Compra da Zona do Euro (PMI, na sigla em inglês), frequentemente visto como um indicador de crescimento, subiu de 48,3 em dezembro para 50,4 em janeiro - a maior leitura em quatro meses. O dado superou a previsão mais alta, de 49,5, feita em uma pesquisa da Reuters, que resultou em uma mediana de 48,5.
"O índice parece ter atingido a mínima em outubro e agora tivemos três meses de melhora. Três meses nós vemos como um sinal de mudança, e estamos começando a ficar um pouco mais confiantes", disse Chris Williamson, economista-chefe do grupo de pesquisa Markit.
"Portanto, pode não haver uma recessão na zona do euro, e sim um breve período de declínio." Porém, em um sinal preocupante para as autoridades do bloco, foram as suas duas maiores economias, Alemanha e França, que deram suporte ao crescimento. Os demais países continuaram firmes em território de contração, segundo o Markit.
Dados da Alemanha, a maior potência do euro, mostraram que seu setor de serviços cresceu no maior ritmo em sete meses e bem mais que o previsto, enquanto a atividade manufatureira cresceu pela primeira vez em quatro meses.
O setor de serviços da França, por sua vez, teve a maior expansão desde agosto, mas a atividade de suas fábricas declinou pelo sexto mês seguido.
Impulso dos serviços
O PMI que mede a atividade apenas do setor de serviços da zona do euro avançou para 50,5 neste mês, após 48,8 em dezembro, superando pela primeira vez desde agosto a marca de 50 que separa crescimento de contração. O indicador superou tanto a mediana das previsões, de 49,0, quanto a previsão mais alta, de 50,0, segundo pesquisa da Reuters.
Já o PMI do setor manufatureiro ficou em 48,7, acima dos 46,9 de dezembro e também batendo tanto a estimativa mais elevada quanto a mediana das previsões, de 47,3.
A produção das fábricas ficou estável neste mês, com o índice em 50,0, mas a leitura veio consideravelmente melhor que os 47,1 esperados.
E, apesar da contração continuada, as fábricas contrataram mais funcionários neste mês: o componente de emprego do índice subiu de 49,9 para 50,5. Enquanto isso, as empresas do setor de serviços reduziram sua força de trabalho para tentar controlar gastos.
Dados oficiais mostraram que o desemprego ficou estável em 10,3 por cento na zona do euro em novembro, mas uma pesquisa da Reuters prevê uma taxa mais alta para este ano.
Otimistas
Ainda assim, as empresas de serviços ficaram mais otimistas sobre o futuro, com o índice de expectativas dos empresários subindo de 53,6 em dezembro para 56,0 neste mês - a maior leitura desde agosto.
"Nós vimos as companhias mais confiantes sobre a perspectiva de que a crise da zona do euro possa estar chegando a algum tipo de conclusão, com algum acordo sobre bônus gregos em particular", afirmou Williamson.
Londres - A zona do euro ainda pode escapar da recessão graças a uma surpreendente virada no setor de serviços, que predominou sobre a atual contração da indústria neste mês, segundo pesquisas divulgadas nesta terça-feira.
O Índice Preliminar Composto de Gerentes de Compra da Zona do Euro (PMI, na sigla em inglês), frequentemente visto como um indicador de crescimento, subiu de 48,3 em dezembro para 50,4 em janeiro - a maior leitura em quatro meses. O dado superou a previsão mais alta, de 49,5, feita em uma pesquisa da Reuters, que resultou em uma mediana de 48,5.
"O índice parece ter atingido a mínima em outubro e agora tivemos três meses de melhora. Três meses nós vemos como um sinal de mudança, e estamos começando a ficar um pouco mais confiantes", disse Chris Williamson, economista-chefe do grupo de pesquisa Markit.
"Portanto, pode não haver uma recessão na zona do euro, e sim um breve período de declínio." Porém, em um sinal preocupante para as autoridades do bloco, foram as suas duas maiores economias, Alemanha e França, que deram suporte ao crescimento. Os demais países continuaram firmes em território de contração, segundo o Markit.
Dados da Alemanha, a maior potência do euro, mostraram que seu setor de serviços cresceu no maior ritmo em sete meses e bem mais que o previsto, enquanto a atividade manufatureira cresceu pela primeira vez em quatro meses.
O setor de serviços da França, por sua vez, teve a maior expansão desde agosto, mas a atividade de suas fábricas declinou pelo sexto mês seguido.
Impulso dos serviços
O PMI que mede a atividade apenas do setor de serviços da zona do euro avançou para 50,5 neste mês, após 48,8 em dezembro, superando pela primeira vez desde agosto a marca de 50 que separa crescimento de contração. O indicador superou tanto a mediana das previsões, de 49,0, quanto a previsão mais alta, de 50,0, segundo pesquisa da Reuters.
Já o PMI do setor manufatureiro ficou em 48,7, acima dos 46,9 de dezembro e também batendo tanto a estimativa mais elevada quanto a mediana das previsões, de 47,3.
A produção das fábricas ficou estável neste mês, com o índice em 50,0, mas a leitura veio consideravelmente melhor que os 47,1 esperados.
E, apesar da contração continuada, as fábricas contrataram mais funcionários neste mês: o componente de emprego do índice subiu de 49,9 para 50,5. Enquanto isso, as empresas do setor de serviços reduziram sua força de trabalho para tentar controlar gastos.
Dados oficiais mostraram que o desemprego ficou estável em 10,3 por cento na zona do euro em novembro, mas uma pesquisa da Reuters prevê uma taxa mais alta para este ano.
Otimistas
Ainda assim, as empresas de serviços ficaram mais otimistas sobre o futuro, com o índice de expectativas dos empresários subindo de 53,6 em dezembro para 56,0 neste mês - a maior leitura desde agosto.
"Nós vimos as companhias mais confiantes sobre a perspectiva de que a crise da zona do euro possa estar chegando a algum tipo de conclusão, com algum acordo sobre bônus gregos em particular", afirmou Williamson.