São Paulo - As vendas de defensivos agrícolas para a próxima safra de grãos (2011/12) no Brasil estão antecipadas este ano, no embalo de um otimismo que toma conta do setor agrícola, que colhe uma safra recorde em 2010/11 em meio a bons preços, disse um representante do Sindag, a entidade que representa as indústrias.

Tradicionalmente, as vendas de defensivos ocorrem depois da comercialização de fertilizantes e sementes, que estão bem avançadas neste ano, segundo analistas. Mas os negócios com os agroquímicos também estão fluindo bem, e o setor mantém a sua previsão de elevar as vendas em 2011 entre 5 a 10 por cento ante os 7,25 bilhões de dólares do ano passado, quando obteve um recorde.

"Fertilizante está avançado, até porque é o primeiro insumo que o agricultor utiliza, mas tem avançado também as vendas de defensivos em algumas regiões, não tanto quanto fertilizante, mas mais do que no ano passado," afirmou o vice-presidente do Sindag, Peter Ahlgrimm, também diretor de Relações Institucionais da Bayer CropScience.

Segundo ele, existe um "entusiasmo muito grande" do setor agrícola, o que explica também a antecipação nas vendas de defensivos, que ganham força mesmo a partir de agosto, com a proximidade do plantio da safra de verão.

"Todas as culturas estão em situação muito boa, então o mercado avançou um pouquinho mais do que no ano passado," acrescentou ele, sem dar detalhes de quanto já foi comercializado.

"O produtor colheu uma safra recorde e o preços estão positivos, o que se reflete em situação bastante positiva para o nosso setor também." (Reportagem de Roberto Samora)