Economia

Serasa: inadimplência de empresas cresce no semestre

Quantidade de contas não honradas subiu 13,1% no primeiro semestre de 2011 ante o mesmo período de 2010

Crescimento da inadimplência no primeiro semestre se deve aos custos financeiros por conta da elevação da taxa de juros e a um cenário de desaceleração da economia (SXC.hu)

Crescimento da inadimplência no primeiro semestre se deve aos custos financeiros por conta da elevação da taxa de juros e a um cenário de desaceleração da economia (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 13h04.

São Paulo - O volume de contas não honradas por empresas do País recuou 4,2% em junho na comparação com maio, mas subiu 13,1% no primeiro semestre ante o mesmo período de 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado hoje.

Junho registrou recuo de 15,8% nos títulos protestados. Houve quedas também na inadimplência junto aos bancos (-0,7%) e nos cheques devolvidos pela segunda vez por insuficiência de fundos (-4,8%). O único componente do indicador que apresentou aumento foi a falta de pagamento junto a instituições não bancárias, com alta de 4,3%.

O crescimento da inadimplência no primeiro semestre se deve, de acordo com economistas da entidade, aos custos financeiros por conta da elevação da taxa de juros e a um cenário de desaceleração da economia. Essas condições, porém, foram atenuadas em junho por conta da menor quantidade de dias úteis e o recebimento das vendas do Dia das Mães.

A Serasa Experian afirma que a alta de 13,1% nos primeiros seis meses do ano não pode ser considerada prova de deterioração da saúde financeira das empresas. "É relevante observar que a base de comparação (primeiro semestre de 2010) é uma base fraca (variação negativa de 7,4% em relação ao primeiro semestre de 2009)", afirmou a entidade, em comunicado.

As dívidas não saldadas com bancos tiveram valor médio de R$ 5.018,33 de janeiro a junho, alta de 5,8% ante o mesmo período de 2010. A Serasa Experian também verificou elevação de 2,7% no valor médio dos cheques sem fundo, para R$ 2.064,77; dos títulos protestados, de 7,6%, para R$ 1.742,60; e das dívidas junto às instituições não bancárias, de 0,7%, para R$ 743,04.

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