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Senadores dos EUA avançam à medida que calote se aproxima

Senadores disseram estar se aproximando de um acordo para viabilizar a reabertura dos órgãos públicos federais e adiar em vários meses uma possível moratória

Líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, durante coletiva de imprensa, em Washington (Jonathan Ernst/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 20h49.

Washington - Senadores dos Estados Unidos disseram nesta segunda-feira estar se aproximando de um acordo para viabilizar a reabertura dos órgãos públicos federais e adiar em vários meses uma possível moratória da dívida norte-americana, embora ainda há muitos obstáculos a serem superados até quinta-feira.

Os líderes republicano e democrata no Senado se disseram otimistas com a perspectiva de que um acordo possa ser fechado em breve para evitar um calote da dívida e reabrir o governo dos EUA, que está parcialmente paralisado há 14 dias.

"Estou muito otimista de que nós vamos chegar a um acordo que seja razoável nesta semana", disse o líder democrata, Harry Reid, no plenário do Senado.

Os congressistas estão correndo contra o tempo, com as autoridades estimando que o governo federal vai exaurir sua capacidade de tomar empréstimos no dia 17 de outubro.

O plano em discussão elevaria o teto da dívida, atualmente de 16,7 trilhões de dólares, o suficiente para cobrir as necessidades de empréstimo do país até pelo menos meados de fevereiro de 2014, de acordo com uma fonte familiarizada com as negociações.

O plano também garantiria o financiamento das operações do governo até meados de janeiro, mantendo o corte generalizado dos gastos, o chamado sequestro, que começou a valer em março. Além disso, o plano prevê uma nova rodada de negociações orçamentárias até o fim do ano.

Qualquer acordo definido no Senado ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados, onde republicanos conservadores condicionam as medidas à redução de gastos públicos, inclusive do programa de saúde pública conhecido como Obamacare - algo que os democratas rejeitam.

O acordo não resolveria discordâncias sobre os gastos no longo prazo e o programa de saúde, que foram o estopim do impasse fiscal nos EUA, o que representaria, portanto, um recuo por parte dos republicanos.


Os republicanos sofreram um baque nas pesquisas de opinião desde que o impasse fiscal começou e alguns no partido se preocupam que isso possa prejudicar suas chances de ganhar o controle do Senado nas eleições legislativas do próximo ano.

A Casa Branca adiou uma reunião que estava marcada para as 15h (16h, horário de Brasília) desta segunda-feira com líderes congressistas para dar aos negociadores mais tempo para chegar a um acordo.

O Departamento do Tesouro diz que não pode garantir que o governo dos EUA conseguirá pagar suas dívidas depois de 17 de outubro, caso o Congresso não eleve o teto da dívida.

Não está claro se o Congresso conseguirá cumprir o prazo de 17 de outubro. Mesmo se republicanos e democratas no Senado alcançarem um acordo nesta segunda-feira, parlamentares de linha-dura, como o senador republicano do Texas Ted Cruz, podem explorar o regimento do Senado para adiar a votação por vários dias.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, pode também sofrer uma rebelião que poderia colocar em risco a sua posição de principal republicano em Washington se tentar levar adiante um projeto de lei contra as objeções dos conservadores da Casa.

"Minha esperança é que um espírito de cooperação nos leve adiante nas próximas horas", disse o presidente dos EUA nesta segunda-feira, após visitar uma entidade beneficente que presta auxílio a famílias carentes, e onde alguns funcionários públicos afastados do trabalho por causa do impasse fiscal estão atuando como voluntários.

Por causa do risco de moratória, bancos e fundos do mercado já estão rejeitando alguns títulos públicos geralmente usados como garantia para empréstimos de curto prazo ou para facilitar muitas outras transações. Na China, país que detém o maior volume de títulos norte-americanos, a agência estatal de notícias Xinhua disse que chegou a hora de um "mundo desamericanizado".

A perspectiva de um acordo fiscal levou as ações norte-americanas a fecharam em alta nesta segunda-feira. O índice S&P 500 subiu 0,41 por cento, o Dow Jones avançou 0,42 por cento e o índice Nasdaq Composite ganhou 0,62 por cento.

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Os líderes republicano e democrata no Senado se disseram otimistas com a perspectiva de que um acordo possa ser fechado em breve para evitar um calote da dívida e reabrir o governo dos EUA, que está parcialmente paralisado há 14 dias.

"Estou muito otimista de que nós vamos chegar a um acordo que seja razoável nesta semana", disse o líder democrata, Harry Reid, no plenário do Senado.

Os congressistas estão correndo contra o tempo, com as autoridades estimando que o governo federal vai exaurir sua capacidade de tomar empréstimos no dia 17 de outubro.

O plano em discussão elevaria o teto da dívida, atualmente de 16,7 trilhões de dólares, o suficiente para cobrir as necessidades de empréstimo do país até pelo menos meados de fevereiro de 2014, de acordo com uma fonte familiarizada com as negociações.

O plano também garantiria o financiamento das operações do governo até meados de janeiro, mantendo o corte generalizado dos gastos, o chamado sequestro, que começou a valer em março. Além disso, o plano prevê uma nova rodada de negociações orçamentárias até o fim do ano.

Qualquer acordo definido no Senado ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados, onde republicanos conservadores condicionam as medidas à redução de gastos públicos, inclusive do programa de saúde pública conhecido como Obamacare - algo que os democratas rejeitam.

O acordo não resolveria discordâncias sobre os gastos no longo prazo e o programa de saúde, que foram o estopim do impasse fiscal nos EUA, o que representaria, portanto, um recuo por parte dos republicanos.


Os republicanos sofreram um baque nas pesquisas de opinião desde que o impasse fiscal começou e alguns no partido se preocupam que isso possa prejudicar suas chances de ganhar o controle do Senado nas eleições legislativas do próximo ano.

A Casa Branca adiou uma reunião que estava marcada para as 15h (16h, horário de Brasília) desta segunda-feira com líderes congressistas para dar aos negociadores mais tempo para chegar a um acordo.

O Departamento do Tesouro diz que não pode garantir que o governo dos EUA conseguirá pagar suas dívidas depois de 17 de outubro, caso o Congresso não eleve o teto da dívida.

Não está claro se o Congresso conseguirá cumprir o prazo de 17 de outubro. Mesmo se republicanos e democratas no Senado alcançarem um acordo nesta segunda-feira, parlamentares de linha-dura, como o senador republicano do Texas Ted Cruz, podem explorar o regimento do Senado para adiar a votação por vários dias.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, pode também sofrer uma rebelião que poderia colocar em risco a sua posição de principal republicano em Washington se tentar levar adiante um projeto de lei contra as objeções dos conservadores da Casa.

"Minha esperança é que um espírito de cooperação nos leve adiante nas próximas horas", disse o presidente dos EUA nesta segunda-feira, após visitar uma entidade beneficente que presta auxílio a famílias carentes, e onde alguns funcionários públicos afastados do trabalho por causa do impasse fiscal estão atuando como voluntários.

Por causa do risco de moratória, bancos e fundos do mercado já estão rejeitando alguns títulos públicos geralmente usados como garantia para empréstimos de curto prazo ou para facilitar muitas outras transações. Na China, país que detém o maior volume de títulos norte-americanos, a agência estatal de notícias Xinhua disse que chegou a hora de um "mundo desamericanizado".

A perspectiva de um acordo fiscal levou as ações norte-americanas a fecharam em alta nesta segunda-feira. O índice S&P 500 subiu 0,41 por cento, o Dow Jones avançou 0,42 por cento e o índice Nasdaq Composite ganhou 0,62 por cento.

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