Economia

Santander será acionista de 'banco podre' espanhol

Um porta-voz do Santander confirmou a participação no ''banco podre'', e fontes do BBVA argumentam que analisam todos os detalhes da sociedade


	Santander: O governo espanhol aprovou ontem um decreto que regula o funcionamento desse ''banco podre''
 (Dominique Faget/AFP)

Santander: O governo espanhol aprovou ontem um decreto que regula o funcionamento desse ''banco podre'' (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 16h52.

Madri - O Banco Santander decidiu que será acionista do ''banco podre'' espanhol, sociedade que comprará das entidades bancárias os ativos tóxicos procedentes da explosão da bolha imobiliária, e o BBVA estuda tomar a mesma decisão, disseram à Agência Efe as duas instituições.

O mercado dá como certo que o CaixaBank e o Banco Sabadell também participarão do conjunto de acionistas da sociedade, que começará a operar em dezembro e será responsável pelos ativos problemáticos das entidades nas mãos do Estado.

Um porta-voz do Santander confirmou a participação no ''banco podre'', e fontes do BBVA argumentam que analisam todos os detalhes da sociedade e, ''como sempre'', o banco atuará em favor dos interesses de seus acionistas, clientes e das sociedades nas quais participa.

Pouco antes, fontes do Fundo de Reestruturação Bancária Ordenada (FROB) afirmaram que a iniciativa do ''banco podre'' com uma participação pública minoritária estava garantida pelos investidores espanhóis.

''Temos certeza de que (a sociedade) pode se constituir com a vontade dos investidores nacionais'', pelos contatos que têm com os bancos e seguradoras nacionais, alegaram.

De qualquer forma, o FROB espera que o ''banco podre'' atraia investidores internacionais e que estes entrem com 500 milhões de euros, 10% dos 5 bilhões que a sociedade precisa para assumir os ativos problemáticos com um valor próximo de 62 bilhões de euros.

Embora não seja imprescindível, atrair 500 milhões de euros dos investidores estrangeiros seria bom para dar credibilidade ao projeto, e por isso a partir da próxima segunda-feira cinco grandes bancos de investimento começarão a trabalhar com esse propósito.

O governo espanhol aprovou ontem um decreto que regula o funcionamento desse ''banco podre''. O ministro da Economia, Luis de Guindos, lembrou que a criação desta sociedade fazia parte do compromisso adquirido pelo governo com a União Europeia para receber a ajuda de até 100 bilhões de euros para os bancos, e que esta entrará em funcionamento no dia 1º de dezembro. EFE

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