Economia

Risco de déficit cresce, mas sistema mantém equilíbrio

Segundo comitê, o risco de haver déficit de energia neste ano subiu, mas o sistema elétrico encontra-se "estruturalmente equilibrado"


	Energia elétrica: as chuvas ficaram abaixo da média histórica na maior parte do país
 (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Energia elétrica: as chuvas ficaram abaixo da média histórica na maior parte do país (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 19h06.

Brasília - O risco de haver déficit de energia, em 2015, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, subiu dos 4,2% registrados em dezembro de 2014 para 4,9% neste mês, informou hoje (7) o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

Na Região Nordeste, o risco, que estava em 0,3%, passou para 1,2%. De acordo com o comitê, a carga prevista para 2015 é da ordem de 67.260 megawatts (MW) médios de energia.

Em dezembro, a chuva registrada ficou acima do normal na Região Sul, exceto no oeste e sul do Paraná. Já na maior parte do país – em especial nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte – as chuvas ficaram abaixo da média histórica.

No Nordeste, as precipitações também foram deficitárias, mas em valores mais próximos à média histórica. Apesar da chuva abaixo da média na maior parte do país, o comitê informou, por meio de nota, que o sistema elétrico encontra-se “estruturalmente equilibrado", devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações.

Apesar de, na avaliação do CMSE, o sistema apresentar “equilíbrio estrutural”, é considerada a possibilidade de “ações conjunturais específicas”, caso necessárias – medidas que, em tese, podem ser desde o acionamento de térmicas, até determinações para alterações no nível dos reservatórios, ou mesmo racionamento de energia. Ainda segundo a nota, o Sistema Interligado Nacional tem condições para abastecer o país em 2015, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado situação climática desfavorável no período úmido do ano anterior.

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