Rio fecha mais de 7 mil empregos e tem pior resultado
Estado teve o pior desempenho em uma lista de dez que encerraram julho com menos vagas de trabalho em relação ao mês anterior
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2014 às 17h17.
Brasília - O Rio de Janeiro fechou mais de 7 mil vagas de emprego em julho de 2014, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na tarde de hoje (21). O estado registrou a maior redução de empregos no país no mês, quando registrou 150.944 admissões e 157.993 demissões, representando um decréscimo de 0,18%.
O estado teve o pior desempenho em uma lista de dez que encerraram julho com menos vagas de trabalho em relação ao mês anterior. Outro destaque negativo é o Rio Grande do Sul, com redução de mais de 6 mil postos formais (-0,24%). Os outros estados são Roraima, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
São Paulo, por sua vez, registrou o maior saldo de geração de empregos entre os estados do país. Foram 8.308 empregos formais gerados a mais no estado, resultado de 514.230 admissões e 505.922 demissões. Esse acréscimo representa 0,06%. O maior percentual de acréscimo de postos de trabalho, no entanto, pertence ao Tocantins, com 1,05%, com acréscimo de 1.762 vagas. O Pará também se destaca positivamente, com 6.287 vagas a mais no mês (0,79%).
Os dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostraram ainda que o ano de 2014 registrou a menor geração de empregos formais para o mês de julho desde 1999, com criação de 11.796 postos de trabalho. O chefe da pasta, Manoel Dias, reconheceu o recuo na geração de empregos, que já chegou a registrar mais de 203 mil vagas, em julho de 2008, mas demonstrou otimismo para reverter o quadro. “Chegamos ao fundo do poço. Agora vamos continuar recuperando a geração de emprego”, disse.
Para a recuperação esperada, o ministro conta com investimentos estrangeiros no país, dentre outras iniciativas internas, como o anúncio de liberação de mais recursos para concessão de créditos bancários e pela manutenção das alíquotas reduzidas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos.
Dias, no entanto, advertiu que o Brasil não terá números como o de 2008 porque, segundo ele, a demanda por emprego é menor. “Esse conjunto de investimentos vão recuperar o nível de emprego, que certamente não será o de cinco anos atrás porque estamos vivendo o pleno emprego. Então, a demanda por emprego também se reduziu”.