Economia

Relator da Previdência diz que pode apresentar voto complementar

Reforma já é discutida há 9 horas em comissão especial da Câmara; o debate com parlamentares favoráveis e contrários à proposta pode durar cerca de 3 dias

Samuel Moreira: deputado defende o parecer durante comissão (Pablo Valadares/Agência Câmara)

Samuel Moreira: deputado defende o parecer durante comissão (Pablo Valadares/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de junho de 2019 às 19h50.

Última atualização em 18 de junho de 2019 às 19h53.

Brasília - O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que pode apresentar um voto complementar ao parecer, contemplando as mudanças apresentadas pelos parlamentares na discussão. “Há possibilidade de o relator fazer um voto complementar após as discussões. Eu nunca tive a pretensão de que o relatório fosse um decreto. Ele está sujeito a alterações. Estou aqui para ouvir, para melhorar ainda mais o relatório”, observou Moreira.

A declaração do deputado ocorreu durante a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na comissão especial da Câmara dos Deputados. Após nove horas de debates, argumentos favoráveis e contrários ao do relatório do deputado têm se repetido nas falas dos parlamentares. A discussão sobre a proposta que altera as regras previdenciárias começou nesta terça-feira (18) e pode durar cerca de três dias.

O deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) foi o 35º parlamentar a usar a palavra e defendeu a aprovação da reforma, assim como o deputado Beto Pereira (PSDB-MS), que elogiou as alterações realizadas pelo relator - do seu partido - na proposta original.

"Faço coro com a oposição em algumas reivindicações que foram atendidas, mas faço um apelo para que os Estados e municípios entrem na reforma", afirmou Pereira.

Já o deputado André Figueiredo (PDT-CE) combateu o argumento de que reforma da Previdência seria "a mãe" de todas as reformas. Para ele, a solução para o problema das contas públicas é o Brasil voltar a crescer, por meio de medidas para geração do emprego.

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) também considerou a reforma "inoportuna" para o momento. "O governo até agora lançou nenhuma política para a geração de emprego. Há três anos disseram que a reforma trabalhista criaria empregos em abundância com bons salários em seis ou oito meses, e o desemprego só aumentou de lá para cá", repetiu.

Em nove horas de sessão, 38 parlamentares já fizeram o uso da palavra. A lista de inscritos conta com 155 deputados, sendo 64 para falar a favor da reforma e 91 para falar contra a medida. Além disso, os cerca de 30 líderes partidários também têm direito a fala. A expectativa é de que o debate dure por diversas sessões.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Câmara

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