Relação dívida/PIB piora mesmo sem alta da Selic
Se a Selic avançar 1 ponto percentual em 2016, impacto sobre a dívida pode chegar a 14,8 milhões de reais
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2015 às 10h17.
São Paulo - O aumento da taxa básica de juros no ano que vem está na maioria das análises dos economistas, mas não é unanimidade. Mesmo assim, não há dúvidas de que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto ( PIB ) vai atingir 70% no ano que vem.
"Em nossa estimativa, a relação dívida/PIB supera 70% em qualquer cenário (de Selic), e o faz em torno de meados do ano que vem", afirma o economista Homero Guizzo, da MCM Consultores, que trabalha com projeção de estabilidade da taxa básica ao longo de 2016. "Mas, sem dúvida, o aperto monetário adianta a ultrapassagem desse patamar, ao aumentar diretamente o custo da dívida", diz Guizzo, que prevê impacto de R$ 14,8 bilhões sobre a dívida em caso de avanço da Selic em 1 ponto.
Na mesma linha da MCM, para Thiago Biscuola, economista da RC Consultores, caso haja um novo ciclo de alta da Selic o processo seria antecipado, segundo sua previsão, do final de 2016 (cenário sem alta de juro) para o início do 2.º semestre.
Flávio Serrano, economista do banco Haitong, acredita que uma alta da Selic no começo do ano não altera significativamente sua expectativa de prazo para que a dívida bruta/PIB alcance 70%, que é entre maio e junho. "No máximo, adiantaria um mês", disse. "O primeiro quadrimestre são os melhores meses de resultado primário, por isso (a marca de 70%) deve ficar mais para a metade do ano", afirmou.
São Paulo - O aumento da taxa básica de juros no ano que vem está na maioria das análises dos economistas, mas não é unanimidade. Mesmo assim, não há dúvidas de que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto ( PIB ) vai atingir 70% no ano que vem.
"Em nossa estimativa, a relação dívida/PIB supera 70% em qualquer cenário (de Selic), e o faz em torno de meados do ano que vem", afirma o economista Homero Guizzo, da MCM Consultores, que trabalha com projeção de estabilidade da taxa básica ao longo de 2016. "Mas, sem dúvida, o aperto monetário adianta a ultrapassagem desse patamar, ao aumentar diretamente o custo da dívida", diz Guizzo, que prevê impacto de R$ 14,8 bilhões sobre a dívida em caso de avanço da Selic em 1 ponto.
Na mesma linha da MCM, para Thiago Biscuola, economista da RC Consultores, caso haja um novo ciclo de alta da Selic o processo seria antecipado, segundo sua previsão, do final de 2016 (cenário sem alta de juro) para o início do 2.º semestre.
Flávio Serrano, economista do banco Haitong, acredita que uma alta da Selic no começo do ano não altera significativamente sua expectativa de prazo para que a dívida bruta/PIB alcance 70%, que é entre maio e junho. "No máximo, adiantaria um mês", disse. "O primeiro quadrimestre são os melhores meses de resultado primário, por isso (a marca de 70%) deve ficar mais para a metade do ano", afirmou.