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Reino Unido debate fim das moedas de um e dois centavos

As pequenas moedas de cobre, de um centésimo e um quinquagésimo de libra esterlina, são caras de produzir, mas pouco utilizadas

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Libra: "Estudos mostram que seis de cada dez moedas de um e dois 'pennies' são usadas em uma única transação antes de sair de circulação" (Jason Alden/Bloomberg)

Libra: "Estudos mostram que seis de cada dez moedas de um e dois 'pennies' são usadas em uma única transação antes de sair de circulação" (Jason Alden/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 14 de março de 2018, 17h20.

O Reino Unido deve eliminar as moedas de um e dois centavos? A pergunta, recentemente feita pelo governo britânico, gerou oposição imediada dos que temem uma alta dos preços e menos doações de caridade.

As pequenas moedas de cobre, de um centésimo e um quinquagésimo de libra esterlina, são caras de produzir, mas pouco utilizadas, indicou o governo britânico em uma consulta sobre a situação dos pagamentos em dinheiro e digitais na economia do futuro.

"Estudos mostram que seis de cada dez moedas de um e dois 'pennies' são usadas em uma única transação antes de sair de circulação. Em 8% dos casos, são jogadas fora ou guardadas", explica.

A consulta destaca que seu custo de fabricação e distribuição é o mesmo de moedas de maior valor.

"O governo e a Casa da Moeda tiveram que produzir e emitir nos últimos anos mais de 500 milhões de moedas de um e dois centavos ao ano para substituir as que saíram de circulação", acrescentou.

O Executivo também indagou sobre a utilidade deste lançamento em face da crescente popularidade dos métodos de pagamento digital, que cresceram 85% desde 2006.

"O volume de pagamentos em dinheiro caiu de 62% em 2006 para 40% em 2016 e, de acordo com as previsões da indústria, cairá para 21% em 2026", disse o documento.

O dinheiro físico representou "apenas 15% do gasto total do consumidor em 2015".

A eliminação potencial dessas moedas gerou oposição.

"Quem conta cada centavo não vai apreciar quando os comerciantes arredondarem os preços de 99 centavos", disse o jornal Daily Mail nesta quarta-feira.

Vários deputados, tanto do partido conservador, quanto do trabalhista, lamentaram que as organizações de caridade seriam afetadas, já que costumam receber essas pequenas moedas perdidas nos bolsos dos cidadãos.