Olli Rehn em conferência de imprensa: comissário defende mais cortes apesar do FMI ter reconhecido que a redução de custos pode afogar as economias (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 10h43.
Bruxelas - A Europa precisará fazer mais cortes orçamentários para sair da crise de dívida, apesar de o Fundo Monetário Internacional ter reconhecido que a redução de custos pode afogar as economias, afirmou nesta sexta-feira o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn.
Os danos de medidas agressivas de austeridade podem ser até três vezes superiores ao imaginado inicialmente, afirmou o FMI no fim do ano passado, após prescrever aos países problemáticos da zona do euro fortes cortes de dívida.
Desde então, o Fundo mudou sua visão e passou a ser contrário a que países endividados como Grécia reduzam seus os déficits muito rapidamente.
Rehn afirmou que o estudo do FMI de outubro não era aplicável a todos e que não leva em conta que investidores esperam que governos ajam apra controlar a dívida.
"Você deve levar em conta o efeito da confiança", afirmou Rehn a diplomatas e executivos em Bruxelas, acrescentando que o impacto da austeridade difere entre os países e depende do fato de eles terem acesso aos mercados.