Economia

Regulador chinês quer fazer testes de estresse em bancos

Bancos registraram um aumento em maus empréstimos no ano passado


	Banco da China:  taxa de empréstimos não pagos de bancos chineses subiu para 1 por cento no fim de dezembro, no maior nível em dois anos
 (Liu Jin/AFP)

Banco da China:  taxa de empréstimos não pagos de bancos chineses subiu para 1 por cento no fim de dezembro, no maior nível em dois anos (Liu Jin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 12h08.

Xangai - A Comissão Regulatória Bancária da China disse que irá conduzir testes de estresse regional e nacional após bancos registrarem um aumento em maus empréstimos no ano passado, disse a Shangai Securities News nesta sexta-feira, refletindo o aumento nas preocupações com risco de crédito.

"Todos os escritórios (da Comissão), departamentos de supervisão, devem organizar testes de estresse em instituições bancárias de forma oportuna para analisar o impacto de situações desfavoráveis ​​em bancos individuais e no sistema bancário, e instar instituições financeiras bancárias a fazer planos de emergência", disse o regulador em orientações enviadas aos bancos em março, segundo a Shangai Securities News.

A taxa de empréstimos não pagos de bancos chineses subiu para 1 por cento no fim de dezembro, no maior nível em dois anos, informou a Comissão em fevereiro.

"Todos os bancos comerciais devem enviar resultados de testes de estresse para agências locais da Comissão todo trimestre. Os cinco maiores bancos divulgado um aumento em suas taxas provavelmente levou a Comissão a colocar mais estresse no tema", disse um executivo de um banco de tamanho médio em Xangai, que está envolvido na preparação dos relatórios para reguladores.

Ao contrário dos testes de estresse que os Estados Unidos e bancos centrais europeus realizaram no rescaldo da crise financeira com a intenção de restaurar a confiança dos investidores em bancos ocidentais, os observadores da indústria dizem que os reguladores chineses não são susceptíveis a divulgar publicamente os resultados de seus testes.

Um calote de títulos corporativos no mês passado e o quase colapso de dois produtos de banco de investimento de alto perfil no início deste ano foram mais uma prova de crescentes tensões financeiras que afligem a economia.

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