Economia

Reforma tributária: primeira versão de leis complementares será fechada esta semana

Texto que cria CBS e IBS está pronto, regimes específicos estão sendo finalizados

Agora, o grupo que centraliza esses textos está fazendo a filtragem final das sugestões e dando forma às leis complementares (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Agora, o grupo que centraliza esses textos está fazendo a filtragem final das sugestões e dando forma às leis complementares (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 20 de março de 2024 às 13h14.

A primeira versão dos textos da leis complementares que vão regulamentar a Reforma Tributária será fechada pela Fazenda até sexta-feira, de acordo com integrantes do grupo de trabalho que desenha as propostas, ao lado do secretário Bernard Appy. Em seguida, as propostas passarão pelo crivo do ministro Fernando Haddad, que baterá o martelo para a data de divulgação.

Cada um dos 19 grupos de trabalho temáticos que foram criados pela Fazenda para facilitar a montagem das leis complementares já entregaram seus relatórios setoriais no final da semana passada à coordenação da Secretaria de Reforma Tributária.

Agora, o grupo que centraliza esses textos está fazendo a filtragem final das sugestões e dando forma às leis complementares que vão aglutinar as regras de regulamentação. Entre os coordenadores, está o próprio Appy, além de representantes de estados e municípios. A maior parte deles têm participado de reuniões diárias, desde segunda-feira, para o fechamento da proposta que deve chegar nas mãos de Fernando Haddad até o fim da semana.

Aliados do ministro afirmam que a espinha dos projetos, ou seja, os artigos que determinam a criação do CBS e IBS estão prontos. Falta finalizar, por exemplo, os detalhes de como cada setor da economia vai ser tributado, incluindo o tratamento para regimes específicos. A estrutura do chamado Imposto Seletivo (IS), que vai tributar bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, também está avançada e também haverá diferenciação de alíquota para diferentes setores ou produtos.

A previsão é de que um dos projetos de lei deve trazer a criação do CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), imposto federal e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que será o tributo local. Ambos vão formar o IVA, que irá incidir sobre o produto no destino final. O mesmo texto pode trazer as regras de formação do comitê gestor do IBS e como ele irá distribuir os impostos arrecadados para estados e municípios. O outro projeto deve tratar da regulamentação do Imposto Seletivo (IS), que vai recair sobre produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

Acompanhe tudo sobre:Reforma tributária

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor