Economia

Reforma tributária do consumo e da renda não têm objetivo de fazer ajuste fiscal, diz Haddad

Ministro defende uma reforma neutra do ponto de vista da arrecadação para avanço no Congresso

Fernando Haddad: ministro da Fazenda encara vários desafios no governo de Lula  (Washington Costa/MF/Flickr)

Fernando Haddad: ministro da Fazenda encara vários desafios no governo de Lula (Washington Costa/MF/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 26 de julho de 2023 às 15h08.

Última atualização em 26 de julho de 2023 às 15h16.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 26, que as reformas dos tributos de consumo e renda nunca tiveram objetivo de fazer ajuste fiscal e que o governo encaminhará junto com o Orçamento de 2024, em 31 de agosto, uma série de medidas saneadoras das contas públicas.

Ele voltou a defender a recomposição da base fiscal, que foi degradada por "jabutis e penduricalhos", o que exige revisão de "incentivos espúrios".

Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente

"Desde o início deixei claro que a reforma tributária, tanto sobre consumo quanto renda, não tinha objetivo de promover ajuste fiscal. Precisamos de reforma neutra do ponto de vista da arrecadação para avançar no Congresso. Também deixei claro que iria recompor a base fiscal, que vem sendo degradada ao longo dos anos por uma série de jabutis, penduricalhos, aprovados ao longo dos anos", afirmou, em entrevista ao portal Metrópoles.

Segundo Haddad, para alcançar o equilíbrio nas contas e cumprir o resultado primário neutro em 2024, o governo vai enviar um pacote de medidas saneadoras junto com o Orçamento.

"Falei de fundos fechados, offshores, juros sobre capital próprio, subvenção de custeio, Carf, que são medidas saneadoras do orçamento. A peça orçamentária vai acompanhada desse conjunto complementar de medidas, algumas que só disciplinam decisões das cortes superiores, e levam ao Congresso um orçamento equilibrado", disse.

Segundo o ministro, o Orçamento considerará essas medidas, mas cabe ao Congresso referendá-las. "Se amanhã o Congresso não aprovar uma dessas medidas, o relator do orçamento terá de ajustá-lo", disse. Ele ainda lembrou que o arcabouço obriga a enviar peça orçamentária de acordo com meta de déficit zero em 2024.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadReforma tributária

Mais de Economia

Indústria de alta tecnologia amplia sua produção pela primeira vez desde 2018

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?