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Redução de IPI termina em 10 dias e não deve ser prorrogada

Presidentes da Eletros e do IDV ainda têm expectativas em prorrogação, mas afirmam que o governo não deu nenhum sinal nesse sentido

Loja de eletrodomésticos: indústria e varejo estão pouco confiantes na prorrogação do benefício (Antonio Milena/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 19h07.

São Paulo - A dez dias do término da vigência da redução de alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ) para itens da linha branca, indústria e varejo estão pouco confiantes na prorrogação do benefício. A medida que reduz o imposto para o setor expira no próximo dia 31. Os presidentes da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, ainda têm expectativas que o acordo poderá ser prorrogado, mas afirmam que o governo não deu nenhum sinal nesse sentido.

Já para o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Whirlpool Latin America, Armando Valle, é certo que a redução do IPI para a linha branca não será prorrogada. Ele reconhece que medida beneficiou a indústria e o nível de emprego já que a cadeia produtiva de linha branca é tão longa como a de veículos. "Ela tem o poder de alavancar a economia principalmente junto ao varejo porque quase 30% de suas vendas é de linha branca", diz o executivo da Whirlpool que reúne as marcas Brastemp, Consul, KitchenAid, entre outros.

"Não tenho expectativa de prorrogação porque, na última vez que houve renovação para dois meses, já ficou bastante claro que não se imaginava fazer novas renovações", afirma. Em dezembro de 2011, houve a primeira redução do IPI que duraria até março, quando foi prorrogada até junho e novamente até o final deste mês. Mas o setor, segundo ele, acredita que, em algum momento, o governo vai alterar o IPI para o setor de forma definitiva.


Para Castro, do IDV, ainda há uma esperança de que o governo chamará o varejo e a indústria, em Brasília, até a semana que vem para discutir a prorrogação do benefício. De acordo com ele, tanto varejo como indústria têm números para apresentar ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que justificariam o benefício. Castro diz que setor de linha branca teve crescimento de 19% nas vendas e de 5%, nos postos de trabalho, com geração de 2 mil empregos, de junho até ontem (20).

Este avanço das vendas, de acordo com Castro, é praticamente o mesmo registrado de janeiro a junho (22%) sobre o mesmo período de 2011, descontados os efeitos sazonais. O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, ainda não fechou os dados de venda e geração de empregos de junho a agosto.

Segundo Valle, da Whirlpool, a medida deu certo desde o seu início em dezembro do ano passado, quando a empresa contratou 1,5 mil trabalhadores, para 19 mil trabalhadores. Para o executivo, mesmo que o governo não renove a redução do IPI o quadro de empregados será mantido.

Em reunião que varejistas e industriais tiveram na semana passada com Mantega em Brasília, segundo Castro e Kiçula, o ministro teria dito que a prorrogação da redução do IPI dependeria de alguns estudos e análises que o governo fazia.

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São Paulo - A dez dias do término da vigência da redução de alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ) para itens da linha branca, indústria e varejo estão pouco confiantes na prorrogação do benefício. A medida que reduz o imposto para o setor expira no próximo dia 31. Os presidentes da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, ainda têm expectativas que o acordo poderá ser prorrogado, mas afirmam que o governo não deu nenhum sinal nesse sentido.

Já para o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Whirlpool Latin America, Armando Valle, é certo que a redução do IPI para a linha branca não será prorrogada. Ele reconhece que medida beneficiou a indústria e o nível de emprego já que a cadeia produtiva de linha branca é tão longa como a de veículos. "Ela tem o poder de alavancar a economia principalmente junto ao varejo porque quase 30% de suas vendas é de linha branca", diz o executivo da Whirlpool que reúne as marcas Brastemp, Consul, KitchenAid, entre outros.

"Não tenho expectativa de prorrogação porque, na última vez que houve renovação para dois meses, já ficou bastante claro que não se imaginava fazer novas renovações", afirma. Em dezembro de 2011, houve a primeira redução do IPI que duraria até março, quando foi prorrogada até junho e novamente até o final deste mês. Mas o setor, segundo ele, acredita que, em algum momento, o governo vai alterar o IPI para o setor de forma definitiva.


Para Castro, do IDV, ainda há uma esperança de que o governo chamará o varejo e a indústria, em Brasília, até a semana que vem para discutir a prorrogação do benefício. De acordo com ele, tanto varejo como indústria têm números para apresentar ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que justificariam o benefício. Castro diz que setor de linha branca teve crescimento de 19% nas vendas e de 5%, nos postos de trabalho, com geração de 2 mil empregos, de junho até ontem (20).

Este avanço das vendas, de acordo com Castro, é praticamente o mesmo registrado de janeiro a junho (22%) sobre o mesmo período de 2011, descontados os efeitos sazonais. O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, ainda não fechou os dados de venda e geração de empregos de junho a agosto.

Segundo Valle, da Whirlpool, a medida deu certo desde o seu início em dezembro do ano passado, quando a empresa contratou 1,5 mil trabalhadores, para 19 mil trabalhadores. Para o executivo, mesmo que o governo não renove a redução do IPI o quadro de empregados será mantido.

Em reunião que varejistas e industriais tiveram na semana passada com Mantega em Brasília, segundo Castro e Kiçula, o ministro teria dito que a prorrogação da redução do IPI dependeria de alguns estudos e análises que o governo fazia.

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