Economia

Redução de 5% no preço do gás de cozinha da Petrobras começa a valer hoje

A Petrobras começa a praticar nesta terça-feira corte de R$ 0,20 no quilo do GLP em suas refinarias

Gás de botijão: preço mais baixo do GLP vem em meio à queda na cotação do barril de petróleo, diz a Petrobras (Caetano Barreira/Reuters)

Gás de botijão: preço mais baixo do GLP vem em meio à queda na cotação do barril de petróleo, diz a Petrobras (Caetano Barreira/Reuters)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 13 de setembro de 2022 às 06h00.

A redução da Petrobras de 4,7% no preço de venda do GLP, combustível usado no gás de cozinha, começa a valer nas refinarias da estatal a partir desta terça-feira, 13.

O corte de R$ 0,20 foi anunciado na segunda-feira, 12, e é a primeira queda no preço do GLP vendido pela Petrobras desde abril.

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A mudança no GLP (sigla para "gás liquefeito de petróleo") acontece após outras reduções recentes da Petrobras nos preços de gasolina, diesel e combustível de aviação - os valores dos derivados de petróleo e outros combustíveis têm caído diante de cotação mais baixa no mercado internacional.

O preço do GLP nas refinarias da estatal passará de R$ 4,23 para R$ 4,03 por quilo. Assim, 13 quilos de GLP (a massa usada em um botijão de gás comum) passam a custar R$ 52,34, uma redução de R$ 2,60 por botijão.

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O GLP, vale lembrar, diz respeito somente ao gás de botijão. Residências com gás encanado não usam GLP, mas gás natural, que têm outros preços.

Além da fatia referente à Petrobras, o preço final do botijão vendido ao consumidor inclui ainda tributos, custos e margem de lucro ao longo da cadeia. O preço final médio do botijão no Brasil estava em R$ 111,57 na semana encerrada em 3 de setembro, data da última medição da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A última redução no preço do GLP feita pela Petrobras havia sido em 9 de abril, quando o preço passou de R$ 4,48 para R$ 4,23 por quilo.

Nas últimas semanas, a Petrobras vem reduzindo o preço de uma série de outros combustíveis em suas refinarias. A estatal afirma que a movimentação acontece diante da queda nos preços internacionais.

Desde julho, a Petrobras reduziu quatro vezes o preço da gasolina e duas vezes o preço do diesel.

Após ter encostado em quase US$ 130 neste ano com a guerra na Ucrânia, o preço do barril de petróleo do tipo Brent (usado como referência pela Petrobras) teve quedas consistentes a partir de junho. O Brent era cotado perto de US$ 94 nas primeiras horas desta terça-feira.

Apesar da guerra superando seis meses e sem data para acabar, os valores do barril têm permanecido abaixo do patamar dos US$ 100 com o temor de que o mundo esteja caminhando para uma recessão diante da alta de juros, o que reduziria a demanda por petróleo no futuro próximo.

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O GLP, assim como diesel e gasolina, é um derivado do petróleo e impactado pela cotação no exterior diante da política de preços usada pela Petrobras (a PPI).

A estatal disse em nota nesta segunda-feira, após o corte no GLP, que "a redução acompanha a evolução dos preços de referência".

A empresa afirmou que a mudança de preço "é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".

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