Economia

Recorde de exportações de milho não compromete estoque

Quando a oferta de milho diminui, os preços aumentam e acabam influenciando também na alta do valor da carne de frango e de suínos


	Colheita de milho no Rio Grande do Sul: o milho é essencial para a produção de frango e porcos
 (Delfim Martins/EXAME.com)

Colheita de milho no Rio Grande do Sul: o milho é essencial para a produção de frango e porcos (Delfim Martins/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 16h33.

Brasília – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou hoje (4) que a grande quantidade de milho exportada no mês de agosto, atingindo recorde de 2,7 milhões de toneladas, não representa risco ao suprimento nacional. De acordo com o ministério, o volume embarcado está dentro da previsão para este ano.

O milho é essencial para a produção de frango e porcos. Por isso, quando a oferta de milho diminui, os preços aumentam e acabam influenciando também na alta do valor da carne de frango e de suínos. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados ontem (3), as exportações do cereal em agosto foram 81% maiores do que as de agosto de 2011.

Segundo o ministério, os estoques atuais, somados à produção desta safra, devem disponibilizar internamente 78 milhões de toneladas de milho neste ano. O consumo de todo o país, estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2011/2012, é aproximadamente 50 milhões de toneladas. De acordo com o ministério, mesmo considerando exportações totais de 15 milhões de toneladas, o país ainda fechará o ano com o maior estoque de sua história, cerca de 13 milhões de toneladas.

O diretor de Comercialização do ministério, Edilson Guimarães, disse que a alta do preço do milho no mercado interno não se deve às exportações. “O preço está alto por diversas razões, principalmente a perda de 100 milhões de toneladas provocada pela seca nos Estados Unidos. Não temos como controlar isso. O milho é uma commodity e o preço é feito em Chicago”, disse por meio de nota, referindo-se à cotação da Bolsa de Valores.

Para reduzir os prejuízos de avicultores e suinocultores por causa da elevação dos preços do cereal, Guimarães disse que o governo promoveu a liberação de 200 mil toneladas, para a Região Sul, e de 400 mil toneladas, para a Região Nordeste, na modalidade venda balcão, e leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) de 30 mil toneladas cada.

Acompanhe tudo sobre:CommoditiesMDICMilhoMinistério da Agricultura e Pecuária

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor