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Queda dos preços e importações destaca problemas da Eurozona

Queda dos preços na Alemanha e na França levou a inflação na zona do euro para uma mínima de três anos em abril, enquanto as importações caíram 10% em março

Supermercado em Saint-Sebastien-sur-Loire, França: zona do euro mostrou recessão pelo sexto trimestre seguido no início deste ano (Fred Tanneau/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2013 às 08h56.

Bruxelas - A queda dos preços na Alemanha e na França levou a inflação ao consumidor na zona do euro para uma mínima de três anos em abril, enquanto as importações caíram 10 por cento em março, mostrando a profundidade dos problemas do bloco.

A forte desaceleração na inflação ao consumidor anual para 1,2 por cento, confirmada pela agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, nesta quinta-feira, destaca o risco de deflação na zona do euro, que entrou na mais longa recessão da história no início deste ano.

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Os preços na Bélgica, Alemanha, Grécia e França caíram em abril ante março, e a Grécia permaneceu em território deflacionário pelo segundo mês.

A queda dos preços mundiais do petróleo está por trás da diminuição das pressões inflacionárias, e o Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa de juros para a mínima recorde de 0,5 por cento neste mês, ciente dos riscos de a inflação cair ainda mais abaixo de sua meta de pouco menos de 2 por cento.

Os preços da energia caíram 1 por cento em abril ante março na zona do euro, maior queda única no índice da Eurostat.

Mas a queda dos preços também destaca que as famílias não estão gastando e que as empresas não estão investindo, afetando o ritmo de uma recuperação que poderia surgir mais tarde neste ano.

A zona do euro, que gera quase um quinto da produção global, mostrou recessão pelo sexto trimestre seguido no início deste ano, informou a Eurostat na quarta-feira, e economistas não esperam crescimento antes do próximo ano.

O impacto da crise de dívida e bancária do bloco ficou evidente na balança comercial da zona do euro de março, porque o superávit de 22,9 bilhões de euros deveu-se a uma queda de 10 por cento nas importações e a nenhum aumento nas exportações na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados não ajustados sazonalmente.

Enquanto a Espanha está retomando parte de seu dinamismo empresarial e as exportações estão crescendo de novo, Alemanha e França, as duas maiores economias da Europa, estagnaram, com a economia francesa entrando em recessão no primeiro trimestre deste ano.

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