Quatro projetos de lei devem regulamentar a PEC da reforma tributária, diz Appy
Segundo o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda, os textos devem ser enviados ao Congresso em fevereiro de 2024
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 14 de julho de 2023 às 18h20.
Última atualização em 14 de julho de 2023 às 18h24.
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou nesta sexta-feira, 14, quequatro projetos de lei complementar devem ser enviados ao Congresso, em fevereiro de 2024, para regulamentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita no Legislativo. Segundo ele, eventualmente, algumas dessas propostas podem ser unificadas, o que reduziria esse número.
"Em princípio, tem a lei complementar que trata da legislação do IBS e da CBS. Vai ser uma só, em princípio. Teremos a lei complementar que cria o conselho federativo, regulamenta o conselho federativo. Tem também uma lei complementar que trata do fundo de desenvolvimento regional e tem a lei dos créditos acumulados de ICMS", disse, em live promovida pelo Bradesco Asset Management .
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Segundo Appy, esses projetos serão elaborados pelo governo, em parceria com estados e municípios.
Conselho Federativo não será "superpoderoso"
Appy ainda afirmou que Conselho Federativo, responsável por gerir a arrecadação do tributo que será repartido entre estados e municípios, não será um órgão "superpoderoso". A criação do órgão é alvo de críticas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Repúblicanos), sugeriu uma câmara de compensação em substituição ao colegiado.
Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assumir as negociações, Tarcísio mudou de posição e a solução adotada foi definir pesos para os votos, levando em conta também a população de estados e municípios.
"As pessoas dizem que o Conselho Federativo será um órgão superpoderoso, mas não será. Ele vai editar regulamento, interpretar legislação e vai gerir o sistema de arrecadação", disse o secretário em live promovida pelo Bradesco Asset Management nesta sexta-feira, 14. Appy frisou que a ideia é inserir fórmulas para automatizar essa operação já em lei complementar.
Exceções na reforma
O secretário também voltou a afirmar que mesmo com as exceções e regimes diferenciados que constam no texto aprovado na Câmara, a espinha dorsal do projeto foi mantida.
"Gostaria que tivesse menos exceções. O ideal seria nenhuma, mas desde o começo sabia que era inviável do ponto de vista político", disse.