Produção industrial no Brasil cai 2,7% em 2012
Primeira retração desde 2009 foi bem maior do que a expectativa de analistas de uma queda mensal de 0,35%
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 09h03.
Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira encerrou 2012 com queda de 2,7 por cento, a primeira retração desde 2009 (-7,4 por cento) e com destaque para o fraco desempenho do setor de bens de capital, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta sexta-feira.
Em dezembro, a produção ficou estável frente a novembro, acrescentou o IBGE, que também revisou fortemente o resultado mensal de novembro, de queda de 0,6 para 1,3 por cento, pior desempenho desde janeiro de 2011 (-2,1 por cento).
De acordo com pesquisa da Reuters junto a 27 analistas, a expectativa era de que a produção tivesse queda mensal de 0,35 por cento. As estimativas variaram de baixa de 1,30 por cento a alta de 0,30 por cento.
Na comparação com dezembro de 2011, informou o IBGE, a produção caiu 3,6 por cento no mês passado, melhor do que a expectativa do mercado de queda de 4,7 por cento. Neste caso, as projeções variaram de queda de 5,80 a 1,80 por cento.
Todas as categorias de uso mostraram retração no ano passado, de acordo com o IBGE, com forte destaque para a produção de Bens de capital --ligado aos investimentos--, que despencou 11,8 por cento na comparação com 2011. Em dezembro sobre novembro, o segmento caiu 0,8 por cento.
Também houve queda de 1,7 por cento na produção de Bens intermediários, na comparação anual, e de 1 por cento na de Bens de consumo. Segundo o IBGE, neste último segmento, a atividade de Duráveis caiu 3,4 por cento ante 2011, enquanto que a de Semiduráveis e não duráveis recuou 0,3 por cento.
O mau desempenho da indústria brasileira veio mesmo com a série de medidas de estímulos do governo em 2012, que foram desde desonerações fiscais para consumo e produção à queda da Selic para a mínima histórica de 7,25 por cento ao ano.
A indústria brasileira foi duramente afetada pela crise externa, que acabou atrapalhando também os investimentos.
O resultado de 2012, por outro lado, contrasta com a confiança que tem sido vista no setor. O índice divulgado pela Fundação Getúlio Vargas atingiu em janeiro o maior nível desde junho de 2011, sugerindo a possibilidade de uma melhora em 2013.
Analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central veem crescimento de 3,10 por cento na produção industrial neste ano.
Atualizado às 10h03min.
Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira encerrou 2012 com queda de 2,7 por cento, a primeira retração desde 2009 (-7,4 por cento) e com destaque para o fraco desempenho do setor de bens de capital, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta sexta-feira.
Em dezembro, a produção ficou estável frente a novembro, acrescentou o IBGE, que também revisou fortemente o resultado mensal de novembro, de queda de 0,6 para 1,3 por cento, pior desempenho desde janeiro de 2011 (-2,1 por cento).
De acordo com pesquisa da Reuters junto a 27 analistas, a expectativa era de que a produção tivesse queda mensal de 0,35 por cento. As estimativas variaram de baixa de 1,30 por cento a alta de 0,30 por cento.
Na comparação com dezembro de 2011, informou o IBGE, a produção caiu 3,6 por cento no mês passado, melhor do que a expectativa do mercado de queda de 4,7 por cento. Neste caso, as projeções variaram de queda de 5,80 a 1,80 por cento.
Todas as categorias de uso mostraram retração no ano passado, de acordo com o IBGE, com forte destaque para a produção de Bens de capital --ligado aos investimentos--, que despencou 11,8 por cento na comparação com 2011. Em dezembro sobre novembro, o segmento caiu 0,8 por cento.
Também houve queda de 1,7 por cento na produção de Bens intermediários, na comparação anual, e de 1 por cento na de Bens de consumo. Segundo o IBGE, neste último segmento, a atividade de Duráveis caiu 3,4 por cento ante 2011, enquanto que a de Semiduráveis e não duráveis recuou 0,3 por cento.
O mau desempenho da indústria brasileira veio mesmo com a série de medidas de estímulos do governo em 2012, que foram desde desonerações fiscais para consumo e produção à queda da Selic para a mínima histórica de 7,25 por cento ao ano.
A indústria brasileira foi duramente afetada pela crise externa, que acabou atrapalhando também os investimentos.
O resultado de 2012, por outro lado, contrasta com a confiança que tem sido vista no setor. O índice divulgado pela Fundação Getúlio Vargas atingiu em janeiro o maior nível desde junho de 2011, sugerindo a possibilidade de uma melhora em 2013.
Analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central veem crescimento de 3,10 por cento na produção industrial neste ano.
Atualizado às 10h03min.