Economia

Produção de petróleo da Opep em abril atinge mínima de 1 ano

Opep produziu 32,12 milhões de barris por dia neste mês, revelou a pesquisa, queda de 70 mil barris por dia em relação a março

Barris de petróleo: cerca de 112 plataformas foram esvaziadas no golfo até agora (Edgar Su/File Photo/Reuters)

Barris de petróleo: cerca de 112 plataformas foram esvaziadas no golfo até agora (Edgar Su/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2018 às 14h43.

Londres - A produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu em abril para o menor nível em um ano devido ao declínio da produção na Venezuela e à redução de embarques de produtores africanos, segundo pesquisa da Reuters, levando o cumprimento de um acordo de corte de oferta para outro recorde.

A Opep produziu 32,12 milhões de barris por dia (bpd) neste mês, revelou a pesquisa, queda de 70 mil bpd em relação a março. O total de abril é a menor média desde abril de 2017, de acordo com a pesquisa.

A Opep está reduzindo a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia como parte de um acordo com a Rússia e outros produtores aliados para se livrar de um excesso de oferta. O pacto começou em janeiro de 2017 e vai até o final de 2018.

A adesão dos produtores ao acordo aumentou para 162 por cento dos cortes acordados, ante 161 por cento registrados em março, segundo a pesquisa. Não houve, mais uma vez, sinal de que a Arábia Saudita ou outros grandes produtores tivessem impulsionado significativamente a produção para lucrar com preços mais altos ou para compensar o declínio venezuelano.

"Assim, é necessária maior produção de petróleo dos EUA para suprir a lacuna de oferta", disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, referindo-se à falta de barris extras de outros membros da Opep para compensar quedas.

O petróleo tocou o pico de 75 dólares por barril neste ano, pela primeira vez desde 2014, e foi negociado perto de 74 dólares nesta segunda-feira. Ainda assim, a Opep diz que restrições à oferta devem ser mantidas para garantir o fim de um excesso que se acumulou desde 2014.

 

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