Matteo Renzi, primeiro-ministro da Itália, falando na conferência de Davos, na Suíça (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
João Pedro Caleiro
Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 12h02.
São Paulo - Matteo Renzi, primeiro-ministro da Itália, pediu hoje para que os políticos "carpe diem" - "aproveitem o momento", na expressão que ficou famosa no latim.
Em uma participação na 45ª edição do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ele disse que a transformação de riscos em oportunidades é a qualidade da liderança e que se os políticos puderem investir no futuro "não como problema, mas como oportunidade, isso vai ressoar como uma mensagem muito importante: carpe diem."
Renzi completou 40 anos recentemente: é o mais jovem primeiro-ministro que a Itália já teve. Às vésperas do que pode ser o anúncio de um grande programa de expansão monetária do Banco Central Europeu (BCE), ele pediu uma mudança de foco no continente - que considera estar em uma direção equivocada:
“Na conferência do G20 em Brisbane em novembro, todos os países falaram sobre a necessidade de investir em crescimento. A Europa e a zona do euro falaram apenas sobre austeridade. É importante prestar atenção em orçamentos, mas também é importante investir em uma nova relação com seus cidadãos"
Philipp Rösler, lider do Centro para Estratégias Regionais e membro do Conselho do Fórum, destacou que Renzi alcançou em um ano mais do que todos os seus predecessores, incluindo na reforma trabalhista.
Renzi citou outras medidas, mas disse que a reforma estrutural mais importante que o país pode fazer é na credibilidade. E concluiu: "O futuro é hoje, não amanhã. A Itália [para meus filhos] será um laboratório de inovações, não um museu".