Previdência: Ideia é 2º turno dia 7 e aprovação no Senado em setembro
Secretário especial Rogério Marinho citou que inclusão dos Estados e municípios na reforma pelo Congresso ainda não está descartada
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de julho de 2019 às 12h52.
Última atualização em 31 de julho de 2019 às 12h53.
São Paulo - O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse, em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta-feira, 31, que acredita que a reforma da Previdência deve ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados no dia 7 de agosto, quarta-feira da semana que vem. E que o processo todo deve ser concluído no Senado Federal até meados de setembro.
A data corrobora a declaração, na manhã desta quarta, do presidente da República, Jair Bolsonaro , que disse a repórteres na portaria do Palácio da Alvorada que, após café da manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia criado a expectativa de que a votação em segundo turno fosse concluída na semana que vem.
"O governo não tirou férias, sabemos que a batalha da Previdência ainda não foi vencida", disse Marinho, ressaltando que prosseguem as conversas do governo com o Congresso, incluindo líderes partidários, para que o texto avance. "Com o apoio essencial do presidente Rodrigo Maia e da importante vigilância dos ministros Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, devemos conseguir votar a Previdência sem grandes dificuldades na próxima semana e, no Senado, até o meio de setembro", comentou na entrevista.
Estados e municípios
Marinho citou que a questão da inclusão dos Estados e municípios na reforma pelo Senado ainda não está descartada. "Tenho conversado com o Davi Alcolumbre (DEM-RJ) para articular a votação. Estados e municípios saíram por uma questão política, por falta de apoio formal de governadores sobretudo do Nordeste", afirmou. Marinho, no entanto, disse acreditar em uma mudança de comportamento dos governadores, o que poderia ajudar na reinclusão dos Estados e municípios.
Votação no Senado
O secretário especial para a Previdência disse, ainda, que o Senado deve votar a reforma da maneira como ela foi aprovada na Câmara, e que eventuais inclusões ou exclusões de partes do texto voltarão aos deputados, mas que isso não prejudica o que já tiver sido acertado entre as duas casas legislativas.
Contingenciamento
Por fim, Marinho comentou o novo contingenciamento anunciado semana passada e oficializado na terça-feira, 30, em edição extra do Diário Oficial da União. "O contingenciamento é necessário por conta das dificuldades de receita, para que a gente consiga cumprir a regra de ouro", disse.
De acordo com ele, boa parte do contingenciamento pode ser revertido no final do segundo semestre caso a reforma da Previdência seja aprovada e o Tesouro consiga receitas extraordinárias por meio da venda de ativos.