Prévia do PIB do Brasil sobe 1,3% em 2017, aponta BC
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central mostra da recuperação gradual da atividade do país
Reuters
Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 09h12.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 10h31.
Brasília - A expansão da atividade econômica do Brasil ficou acima do esperado por analistas em dezembro e o país voltou a crescer em 2017 após dois anos de profunda crise econômica, apontaram dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto ( PIB ), subiu 1,33 por cento no ano passado, na série dessazonalizada.Somente em dezembro, o índice teve alta de 1,41 por cento ante novembro, melhor que o avanço de 1,1 por cento previsto em pesquisa da Reuters.
Com isso, o IBC-Br fechou o quarto trimestre do ano com crescimento de 1,26 por cento sobre o terceiro trimestre, sempre em números dessazonalizados.
O mercado já vinha trabalhando com a expectativa de um resultado no azul em 2017, ano marcado por expressiva diminuição dos juros básicos diante da inflação baixa, com o IPCA ficando, inclusive, aquém do piso da meta perseguida pelo governo.
Os dados oficiais do PIB em 2017 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de março.
Economistas ouvidos pela mais recente pesquisa Focus do BC calculam alta de 1,03 por cento para o PIB em 2017, após o forte tombo de 3,5 por cento tanto em 2016 quanto em 2015, segundo dados do IBGE.
Enquanto o número não vem a público, o desempenho do IBC-Br corrobora a leitura de recuperação gradual na economia, já que o índice incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
Em 2017, tanto a indústria quanto o varejo fecharam o ano no campo positivo, crescendo 2,5 por cento e 2 por cento, respectivamente.
Por outro lado, o setor de serviços encolheu 2,8 por cento no ano passado, terceiro ano seguido de retração. Para 2018, o mercado estima uma expansão de 2,80 por cento do PIB, segundo o Focus, ante alta de 3 por cento prevista pelo governo.