Economia

Presidente da CAE rejeita discutir independência do BC

Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado disse que a independência do Banco Central não será incluída em projeto de lei


	Banco Central, em Brasília: a independência do Banco Central é tema delicado, disse Delcídio Amaral (PT-MS)
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Banco Central, em Brasília: a independência do Banco Central é tema delicado, disse Delcídio Amaral (PT-MS) (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 16h29.

Brasília- O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou nesta terça-feira que a independência do Banco Central é tema delicado e não será incluído no projeto de lei que trata do sistema financeiro nacional.

A discussão sobre a independência do BC voltou à baila após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sugerir que o tema fosse incluído no debate sobre medidas fiscais, em meio às negociações sobre o projeto que trata da troca do indexador da dívida dos Estados e municípios.

Questionado por jornalistas após audiência da CAE sobre a manutenção desse ponto no projeto de Lei Complementar 102/2007, que disciplina o sistema financeiro nacional, o senador, que assumiu a relatoria do projeto, afirmou que não tem a intenção de tratar do assunto agora.

"Estou fazendo a lição de casa disso aí agora, pretendo conversar com senadores, com o ministro (da Fazenda, Joaquim) Levy, porque acho que esse pacote de medidas é importante, mas a questão do Banco Central é delicada e não há entendimento claro com relação ao Banco Central independente", disse.

"Entendo que o Banco Central do jeito que hoje está tem independência e tem apresentado trabalho que toda população brasileira acompanha", completou. A autonomia formal do BC foi um grande tema das eleições presidenciais do ano passado.

A campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff atacou pesadamente a proposta de independência sugerida pela candidata Marina Silva (PSB), afirmando que a medida iria conferir a banqueiros o poder de decidir sobre taxa de juros, emprego e salários.

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