Economia

Preços ao produtor tem em julho o maior recuo em mais de um ano

Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, em julho, o Índice de Preços ao Produtor recuou 0,99 por cento

Preços ao Produto: em 12 meses, o IPP acumula alta de 1,11 por cento (Mood board/Thinkstock)

Preços ao Produto: em 12 meses, o IPP acumula alta de 1,11 por cento (Mood board/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 11h24.

São Paulo - Os preços ao produtor no Brasil tiveram em julho a maior queda mensal em pouco mais de um ano, devido principalmente ao recuo dos preços dos alimentos diante da safra grande e do elevado número de animais para abate.

Em julho, o Índice de Preços ao Produtor recuou 0,99 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira, ampliando a queda de 0,20 por cento vista no mês anterior.

Essa é a maior deflação para o índice desde a queda de 1,20 por cento registrada em março de 2016. Em 12 meses, o IPP acumula alta de 1,11 por cento.

No mês passado, os preços dos alimentos caíram 2 por cento, sexta queda seguida.

"Além (das boas safras e do grande número de animais para abates), não podemos esquecer da valorização do real frente ao dólar durante o ano, o que afeta na redução de preços desse setor. Toda a parte de farelo de soja sofreu com isso", explicou o pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE, Manuel Campos, em nota.

Também tiveram forte influência sobre o resultado do IPP as quedas de 1,38 por cento do setor de refino de petróleo e produtos de álcool e de 1,42 por cento nos preços do setor químico.

Os preços baixos dos alimentos vêm ajudando a manter a inflação ao consumidor em níveis contidos, o que mantém o espaço para que o Banco Central siga com a trajetória forte de corte dos juros básicos.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraIBGEInflaçãoPreços

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor