Economia

Portugal quer investimentos brasileiros no país

As afirmações foram feitas pelo primeiro-ministro Passos Coelho, ao sair de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto

A presidenta Dilma Rousseff recebe o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, no Palácio do Planalto
 (Agência Brasil)

A presidenta Dilma Rousseff recebe o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, no Palácio do Planalto (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 12h33.

Brasília - O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, disse hoje que espera ver investimentos brasileiros em seu país, seja na compra de estatais portuguesas postas à venda, seja em investimentos diretos de empresas brasileiras. As afirmações foram feitas ao sair de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

"Portugal iniciou um processo de reformas econômicas importantes e, durante todo esse período, precisamos valorizar todas as nossas pontes com o Brasil, que são muito importantes nesse momento. Tenho certeza que poderemos contar com a ajuda do Brasil nesse momento de recuperação", afirmou o primeiro-ministro.

O encontro entre os dois chefes de Estado - que não pode ser classificado de uma visita oficial - foi, de acordo com Coelho, uma prévia para uma Cúpula Bilateral que será marcada para 2012.

As privatizações das estatais portuguesas foram tema central da conversa. Nessa primeira fase, a estrela são as empresas de energia portuguesas Energia de Portugal (EDP) e Rede Elétrica Nacional (REN), que já recebeu propostas da Eletrobras e da Cemig. "Vemos com muito bons olhos essas propostas. Se queremos uma aliança estratégica com o Brasil, não teria sentido não vermos com bons olhos", disse Coelho.

Perguntado se houve alguma conversa sobre a possibilidade de compras de títulos da dívida portuguesa, como chegou a ser aventado no início deste ano, o primeiro-ministro garantiu que isso não foi tratado porque cada país tem regras próprias para esse tipo de aquisições. Deixou claro, no entanto, que outras empresas portuguesas terão que ser vendidas e a participação brasileira será sempre esperada.

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