Por que os emergentes continuam dependendo da Europa e EUA?
Apesar do aumento da representatividade do mercado doméstico para esses países, demanda externa por commodities ainda é grande parte da economia
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2012 às 10h10.
São Paulo – A demanda interna está crescendo e ganhando um papel cada vez mais relevante dentro da economia dos países emergentes . Esse avanço, porém, ainda não é suficiente para sustentar altas taxas de crescimento no caso de uma desaceleração em países da Europa e dos Estados Unidos. Essa é uma das conclusões do relatório de projeções econômicas mais recente da Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisas do grupo The Economist .
“Muitos mercados emergentes, especialmente na América Latina e África, também podem ser prejudicados se a demanda por commodities cair, levando o preço desses produtos para baixo”, avaliam os economistas no documento.
O relatório destaca que muitos emergentes exportadores de commodities se beneficiaram recentemente com uma melhora no comércio internacional, que acompanhou a alta de preços. “Se os preços de commodities caírem, países como Brasil e África do Sul podem observar uma redução no fluxo de capital, moedas enfraquecidas e diminuição no ritmo do crescimento econômico”, explicam os economistas da instituição.
A avaliação é que uma desaceleração da demanda nos Estados Unidos e em países desenvolvidos da Europa pode causar um problema equivalente a uma desaceleração na China, país que é o maior consumidor de algumas matérias primas, como o metal.
“Esses efeitos negativos serão equilibrados, em parte, com o lento crescimento na demanda doméstica em muitos mercados emergentes. Porém, discordamos com a visão de que algo como a completa separação entre economias desenvolvidas e em desenvolvimento esteja próximo”.
Sentido contrário
Não só os emergentes dependem dos países desenvolvidos. O efeito oposto também acontece, como aponta o relatório do EIU.
A performance moderada da economia em alguns países emergentes ajudará, por exemplo, a Alemanha e o Japão, países que dependem de aumentar a entrada de bens de capital no mundo emergente para sustentar o crescimento interno.
O desempenho equilibrado de emergentes também pode ajudar países endividados, como Estados Unidos e Inglaterra, que necessitam impulsionar suas exportações para ajudar a neutralizar o enfraquecimento na demanda doméstica.
São Paulo – A demanda interna está crescendo e ganhando um papel cada vez mais relevante dentro da economia dos países emergentes . Esse avanço, porém, ainda não é suficiente para sustentar altas taxas de crescimento no caso de uma desaceleração em países da Europa e dos Estados Unidos. Essa é uma das conclusões do relatório de projeções econômicas mais recente da Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisas do grupo The Economist .
“Muitos mercados emergentes, especialmente na América Latina e África, também podem ser prejudicados se a demanda por commodities cair, levando o preço desses produtos para baixo”, avaliam os economistas no documento.
O relatório destaca que muitos emergentes exportadores de commodities se beneficiaram recentemente com uma melhora no comércio internacional, que acompanhou a alta de preços. “Se os preços de commodities caírem, países como Brasil e África do Sul podem observar uma redução no fluxo de capital, moedas enfraquecidas e diminuição no ritmo do crescimento econômico”, explicam os economistas da instituição.
A avaliação é que uma desaceleração da demanda nos Estados Unidos e em países desenvolvidos da Europa pode causar um problema equivalente a uma desaceleração na China, país que é o maior consumidor de algumas matérias primas, como o metal.
“Esses efeitos negativos serão equilibrados, em parte, com o lento crescimento na demanda doméstica em muitos mercados emergentes. Porém, discordamos com a visão de que algo como a completa separação entre economias desenvolvidas e em desenvolvimento esteja próximo”.
Sentido contrário
Não só os emergentes dependem dos países desenvolvidos. O efeito oposto também acontece, como aponta o relatório do EIU.
A performance moderada da economia em alguns países emergentes ajudará, por exemplo, a Alemanha e o Japão, países que dependem de aumentar a entrada de bens de capital no mundo emergente para sustentar o crescimento interno.
O desempenho equilibrado de emergentes também pode ajudar países endividados, como Estados Unidos e Inglaterra, que necessitam impulsionar suas exportações para ajudar a neutralizar o enfraquecimento na demanda doméstica.