Forças Armadas: presidente da associação disse que teme sobre a fiscalização que começa a ser feita nos postos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de junho de 2018 às 17h01.
Última atualização em 5 de junho de 2018 às 17h06.
Rio - O presidente da Plural, associação que reúne as principais distribuidoras do País, Leonardo Gadotti, afirmou nesta terça-feira, 5, que o eventual uso das Forças Armadas pelo governo para tentar obrigar os postos de abastecimento a praticarem o desconto de R$ 0,46 no litro do diesel seria um grande erro. Segundo ele, "a Venezuela começou assim", afirmou durante coletiva a jornalistas no Rio de Janeiro.
Gadotti disse que as distribuidoras estão repassando exatamente o desconto recebido na refinaria da Petrobras, de R$ 0,30 por litro de diesel, e a isso são somados os descontos de impostos do governo federal, totalizando um desconto de R$ 0,46. No posto de combustível o desconto porém cai para R$ 0,41, devido à mistura de 10% do biodiesel, que não recebe o desconto.
Ele informou que nos postos já está havendo questionamentos, que podem levar ao conflito, e que também teme sobre a fiscalização que começa a ser feita nos postos para garantir o desconto.
"Nós ajudamos o governo durante a crise e agora eles têm que ajudar a gente também, fazendo um discurso coerente", disse, afirmando que considera o abastecimento no momento "totalmente sob controle".